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Em entrevista exclusiva ao site de Aprendiz Celebridades, o chefão do reality contou como foi comandar uma edição disputada por famosos e revelou que se surpreendeu com o desempenho de alguns participantes. Veja a seguir
Reprodução/Rede Record
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R7: O desempenho das celebridades nesta edição do Aprendiz te surpreendeu?
Roberto Justus: ─ Muito, porque nem nas mais otimistas das minhas previsões eu imaginei que eles fossem lutar tanto quanto lutaram, se envolver tanto quanto se envolveram com o programa. Não houve diferença entre a edição com anônimos, a não ser a vivência coorporativa, que eles não tinham, mas a vontade que eles mostraram, as polêmicas que causaram, as discussões, brigas e dedicação deles nas provas me surpreendeuReprodução/Rede Record
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─ Até porque eles foram testados duas vezes, pois nunca houve o Desafio do Líder. Essa novidade que nós trouxemos fez com que eles tivessem que trabalhar o dobro que os participantes das demais edições de Aprendiz. Foi uma surpresa muito agradável ver como as celebridades se despojaram de seus egos para lutar por um princípio, um ideal, que era vencer Aprendiz, mesmo isso não significando emprego e carreira
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R7: Teve algum participante que te surpreendeu mais?
Roberto Justus: ─ Alguns. Acho que ninguém imaginou que Beth Szafir, que é uma socialite, a que tem mais idade entre todos os participantes, pudesse se submeter a todas as provas, inclusive fisicamente, até passou mal em algumas situações, porque fazia questão de realizar a prova. Ela me surpreender por chegar em quinto lugar e ainda foi eliminada antes da grande final, onde ela poderia ter chegado, porque na tarefa da pizzaria, ela foi a que mais conseguiu faturamento, só que se aproveitou de artifícios não permitidos pelo programa e foi demitida por cometer irregularidade, não por incompetênciaReprodução/Rede Record
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─ A Miss Brasil 2011, Priscila Machado, também me surpreendeu. Ninguém imaginava que ela pudesse ter tanto conteúdo, tanto foco. Ela saiu por pouco, mas também poderia estar na final facilmente, foi quarta colocada. A Michele Birkheuer, uma modelo, atriz, que ninguém pensou que fosse capaz de fazer o que fez e foi fantástica. Houve, realmente, surpresas incríveis
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R7: Alguém te decepcionou?
Roberto Justus: ─ A Maria Cândida, que é superinteligente, preparada, e acabou saindo precocemente. Poderia ter chegado muito mais longe. Ela não jogou toda a personalidade dela no programa, se inibiu um pouco, na minha visão. Nahim foi outra surpresa. Ele ia muito bem, mas acabou se atropelando um pouco no relacionamentoReprodução/Rede Record
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R7: Você se arrepende de alguma demissão?
Roberto Justus: ─ Não, acho que os três finalistas merecem estar onde estão. Quis o destino que cada um deles tivessem perfis tão diferentes entre si, eles se complementam e têm diferenças interessantíssimas. Tem a luta, vontade e personalidade forte do Christiano Cochrane. Tem a serenidade, tranquilidade e organização da Ana Moser e o mix das duas coisas no Amon Lima, um cara que tem altos e baixos, mas é um lutador, que ama o programa e juntou todas suas forças para chegar onde está. Então, não teve arrependimento, pelo contrário, acho que acabou se fazendo justiça. Poderia ter uns dois ou três ex-participantes na final, mas isso se repete em todos os anosReprodução/Rede Record
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R7: Houve alguma demissão mais difícil que a outra?
Roberto Justus: ─ Todas as demissões foram difíceis este ano, mais difíceis que com anônimos. Eu conhecia grande parte dessas pessoas. Não são meus amigos, nem poderiam ser, mas são conhecidos. E também são pessoas que têm uma imagem pública, diferente daqueles que não eram conhecidos. É mais difícil olhar e apontar o dedo para essas pessoas e dizer “você está demitido” por serem figuras muito queridas. Foi mais difícil, mas eu não deixei de ser implacável, não deixei de tomar as decisões da mesma forma, senão o programa perderia sua essência e sua graça. O que teve que ser feito foi feitoReprodução/Rede Record
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R7: Quais contrastes você aponta entre Aprendiz Celebridades e o formato convencional?
Roberto Justus: ─ Os programa foram muito parecidos, a diferença foi que nós exploramos mais o convívio, a vida dessas pessoas, e aumentamos o nível de exigência dobrando o número de provas. O Desafio do Líder trouxe um brilho completamente diferente ao programa, pois eram muito interessantes e, as vezes, mais interessantes até que as provas. A Sala dos Vencedores também foi muito legal, pois eles nunca tiveram oportunidade de ver a Sala de Reunião da equipe derrotada, só viam depois que deixavam o programaReprodução/Rede Record
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─ A Sala de Resultados permitiu uma avaliação e uma crítica aos vencedores, coisas que eu não tinha a chance de fazer no passado. Antes, a gente anunciava o resultado logo ao final da prova e eles iam embora. Agora, eu tive a chance de bater em todos e apontar todos os erros e acertos antes de dar o resultado. Essas mudanças estruturais no programa foram muito importantes para criar esse novo formato
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R7: Sobre a mudança na formação do conselho, que além da visão empreendedora de Renato Santos, contou com a veia artística de Cacá Rosset e com a opinião do público no conselheiro virtual, você gostou?
Roberto Justus: ─ Nos tivemos duas diferenças muito interessantes. Teve o Renato Santos com o aspecto mais técnico, mais exigente, olhando corporativamente o que eles estavam fazendo de certo ou errado, e o aspecto mais divertido, ácido, diferenciado e sarcástico de alguém que vem do mundo artístico. Foi muito bacana ver o Cacá Rosset analisando os egos e as reação dos artistas, foi muito legal ter esse mixReprodução/Rede Record
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─ E a terceira coisa que foi o conselheiro virtual, ter a opinião dos telespectadores dentro da Sala de Reunião, isso nunca aconteceu, as pessoas de fora nunca trouxeram suas opiniões e, desta vez, eu lia em voz alta as opiniões, e agora na final, as pessoas vão poder realmente opinar, dar seu voto e me ajudar a tomar a decisão final
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R7: Em relação aos contatos dos participantes, mais ajudou ou atrapalhou?
Roberto Justus: ─ Se você parar para pensar, na vida real, tudo é contato. Quem consegue trabalhar sem uma boa rede de relacionamento? Não existe isso. Toda engrenagem de relacionamentos é o que faz as coisas funcionarem. A gente conseguiu num certo momento testá-los sem isso. Foi muito interessante dar essa corda para eles e depois tirá-la. Foi aí que a Beth Szafir se perdeu, ela não conseguiu cortar esse cordão umbilical da dependência que ela tinha dos contatos. Foi interessante avaliar as duas situaçõesReprodução/Rede Record