-
Cachorros não são conhecidos como melhores amigos do homem à toa: além de se tornarem excelentes companhias, cães também ajudam no resgate de pessoas na neve, auxiliam policiais em operações de farejamento e soldados em guerra.
Sim, na guerra. Apesar de fofos, cachorros são excelentes companhias para soldados, buscam bombas e salvam militaresMontagem/R7
-
Em entrevista a agência Associated Press, Nick Guidas, que comanda as unidades de cães no Afeganistão, contou que a média de tempo de serviço de animais no país é de quatro anos, mas alguns cães servem por cinco ou seis anos. Segundo ele, a taxa de morte entre os cães é baixíssima: apenas duas mortes nos últimos seis anos
Reprodução/Wikileaks
-
Um dos cães heróis de guerra mais conhecido dos últimos anos, o condecorado pastor alemão Hutto, se aposentou após mais de cinco anos de serviços — dois deles no Afeganistão. Ele recebeu uma medalha em 2012 por ter salvado os integrantes de uma companhia militar após farejar uma mina em uma estrada que seria utilizada pelos soldados
Reprodução/Tampa Bay
-
Foi na I Guerra Mundial que os cães ganharam ingresso definitivo nas forças militares. Foi nesse conflito que o bull terrier Stubby (mais conhecido como "Sargento Stubby", o que o torna também o único cão a ser promovido a sargento na história militar americana) se tornou o cão com mais medalhas da história do Exército Americano
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Stubby se tornou uma lenda ao ser protagonista de diversas façanhas, empreendidas em 17 combates. As mais notáveis incluem salvar o regimento dele de ataques de gás de mostarda, resgatar e fazer companhia à feridos de guerra e capturar um espião alemão ao agarrar as calças dele até os soldados chegarem
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Após falecer, Stubby ganhou uma estátua em homenagem a ele
Divulgação
-
Sinbad é outro dos cães heróis de guerra famosos e serviu na marinha americana durante a II Guerra. Vira-lata, Sinbad serviu no navio Campbell por 11 anos e ajudou a tripulação (ele servia de companhia para marinheiros estressados e vasculhava a embarcação em busca de feridos após ataques) nesse período. Os comandantes do Campbell afirmaram que "o navio nunca afundaria se Sinbad estivesse a bordo dele"
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Sinbad foi o único cão militar que ganhou uma biografia exclusiva: Sinbad da Guarda Costeira
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Smoky foi um Yorkshire Terrier encontrado por soldados americanos em luta contra japoneses nas selvas da Nova Guiné, em 1943. Os soldados pensaram que se tratava de um cão a serviço dos japoneses, mas após soltá-lo em meio à prisioneiros de guerra, descobriram que ele não conhecia nenhum comando na língua nipônica
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Ao contrário de quase todos os cães que serviram no Exército Americano durante a II Guerra, Smoky não tinha tratamento especial de veterinários ou acesso a comida preparada exclusivamente para ele. Ele precisava comer as refeições dos soldados e era tratado pelos enfermeiros do regimento. Ao contrário do se esperava, Smoky nunca ficou doente e nem mesmo teve problemas nas patas ou articulações, como vários cães de guerra que andavam continuamente em terreno acidentado
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Durante a guerra, ele aprendeu diversos truques, e ajudou batalhões de engenharia a reconhecer o terreno para a construção de campos de pouso e depósitos militares. Smoky também salvou oito homens da morte certa pela destruição de um morteiro, ao ouvir de longe o lançamento da munição e avisar os soldados
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Após a morte, Smoky ganhou uma estátua de bronze em homenagem a ele
Reprodução/Bill Wynne
-
O terrier Rags não seria um cão de guerra, mas se recusou a deixar seu amigo James Donovan, um soldado que queria desertar do Exército Americano durante a I Guerra Mundial. Rags foi eleito o mascote da unidade para onde Donovan foi mandado após seu processo de prisão ser revisto e anulado
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Quando Donovan foi mandado para a linha de frente (e percebeu que seu cão não o abandonaria), ele deixou Rags como mensageiro oficial da companhia. Mas quando ele se fingiu de morto e logo depois dúzias de bombas caíram nas trincheiras, os soldados entenderam a potência da audição de Rags. E assim, ele passou também a avisar os soldados quando se aproximavam ataques de artilharia.
Rags sobreviveu a guerra e só morreu de velhice, em 1936, com 20 anos. Ele foi enterrado com honras militaresMontagem/R7
-
Gander era um cão Terra-Nova canadense, que era amado pelas crianças porque ele tinha força suficiente para puxar diversas delas em trenós. Quando estourou a II Guerra, os donos dele o doaram para o exército canadense com muito pesar. Em 1941, a unidade onde Gender servia foi enviada para Hong Kong e a cidade provavelmente aflorou o heroísmo do cão
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Sozinho, Gander foi capaz de deter dois ataques noturnos de unidades japonesas bem armadas, apenas com latidos e mordidas nas coxas. Os japoneses ficaram aterrorizados e a fama de Gender (conhecido entre os japoneses como o "Terror da Noite") se espalhou
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Em um terceiro ataque, os japoneses abriram fogo pesado para tentar matá-lo, mas não obtiveram sucesso. Eles então jogaram uma granada... que foi abocanhada por Gander, que correu em direção aos japoneses
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Após a morte heroica, Gender recebeu homenagens póstumas e a mais importante medalha de bravura do Canadá
Reprodução/Wikimedia Commons
-
Chips é outro dos cães heróis da II Guerra. Ele é uma mistura de husky e collie, que se tornou um dos cães de vigilância mais famosos que atuaram com as forças aliadas na Itália.
Durante a invasão da Sicília, em 1943, Chips atacou sozinho um grupo de atiradores italianos até a chegada das tropas americanas. Ele recebeu a Estrela de Prata e o Coração Púrpura pelos seus feitos na II GuerraReprodução/Flickr
-
O labrador negro Sarbi foi o segundo animal australiano a receber as maiores condecorações do país: a Cruz Púrpura da Real Sociedade. Para isso, ele serviu no Afeganistão como detector de bombas. Em uma das missões dele, foi ferido juntamente com nove soldados após uma mina explodir. Na explosão, Sarbi acabou se separando da unidade onde servia, e sobreviveu sozinho por mais de um ano inteiro em terreno dos Talebans, até ser encontrado por uma companhia americana e devolvido a seu treinador
Reprodução/Flickr