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A vida da bailarina Adrianne Haslet-Davis virou de cabeça para baixo após o atentado a bomba durante a maratona de Boston em 15 de abril deste ano. As explosões deixaram três mortos e mais de 180 feridos, além de terem afetado um número inestimável de pessoas em uma história de sofrimento e dor
Confira aqui a cobertura sobre o atentadoReprodução/Facebook
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Adrianne e seu marido Adam, que na ocasião havia acabado de voltar de uma viagem ao Afeganistão com as Forças Armadas americanas, estavam próximo às explosões
— Eu senti diretamente o impacto e a explosão no meu pé esquerdo
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A reação de seu marido confirmou o medo de Adrianne — antes mesmo que a dançarina pudesse ver o estrago da explosão
— Eu me lembro de ele pegando e olhando meu pé e gritando, um grito que você nunca suportaria ouvir de alguém que você ama
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Adam também teve ferimentos— estilhaços em ambas as pernas o que o faziam perder muito sangue — mas ele sabia que a lesão de sua mulher era muito mais traumática e que poderia rapidamente matá-la.
— Eu tirei meu cinto e amarrei na perna de Adrianne. Naquele momento eu me lembro de pensar na ironia: eu fiquei com um curativo no meu braço (torniquete) por quatro meses e meio no Afeganistão."Quando eu precisei dele? Quando voltei para casa
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Minutos depois, os socorristas colocaram Adrienne em uma ambulância e correram para a Hospital de Boston. Enquanto sua vida foi salva pelas ações heroicas de seu marido, da equipe de emergência e dos médicos, os danos ao seu pé foram tão graves que os cirurgiões não tiveram escolha a não ser amputar
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Ela acordou no dia seguinte no hospital com dores no pé. Ela acreditava que tinha sido salva, mas sua mãe teve de entregar a notícia de partir o coração.
—Ela olhou para mim e disse ‘Adrianne, você não tem um pé. Ele se foi’. E simplesmente o perdi. Foi muito difícil de ouvir
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Adrianne Haslet-Davis maratona boston atentado
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A perda de um membro seria angustiante para qualquer um, mas para a dançarina e bailarina seria o fim de seu jeito de viver. Ela é uma premiada dançarina de salão, cuja paixão pela dança é contagiante, segundo a reportagem da rede CNN
— Dançar é a única coisa que eu faço que, quando faço, eu não sinto que deveria estar fazendo qualquer outra coisa
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Seu sonho era continuar a ensinar dança de salão em Boston e competindo em altos níveis de dança em todo o país. Seu marido torceu
— Quando ela dança, eu vejo seu brilho. Eu vejo sua luz se acender....e aí de repente, em um segundo tudo vai embora. Eu sabia que havia uma chance de ela nunca dançar novamente
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Nos dias que seguiram após a cirurgia de Adrianne foi desafiador lidar com a condição de amputada. Apenas uma semana após os atentados, ela jurou que iria dançar novamente.
— Eu sinto como se alguém tivesse dito: 'Nós não vamos mais deixar você fazer isso'. Eu vou provar que eles estão errados
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Ela concordou que a CNN acompanhasse sua jornada de recuperação e a filmar seu dia-a-dia. A documentação virou uma série especial intitulada "The Survivor Diaries" (O diário de uma sobrevivente)
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O documentário retrata uma imagem crua, honesta e de cortar o coração cru de uma mulher lutando contra desafios físicos e emocionais
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— A realidade de saber que alguém tentou matá-lo tem sido difícil. Eu passei por muitas, muitas etapas, não só de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (PTSD, nas siglas em inglês), mas também de luto pela perda da minha perna. Eu me lembro de acordar muitas manhãs gritando e chorando e estar apenas estar muito triste
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—Andar pelas ruas de Boston pela primeira vez, foi muito difícil. Eu pensei que todos tinham uma bomba guardada. Eu odeio verbalizar coisas como essa porque parece loucura...Eu sofro de uma terrível ansiedade
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Assim que a frustração de Adrianne começou a dominá-la, ela conheceu o homem que a colocaria de volta aos palcos, Doutor Hugh Herr. Herr é um dos criadores de próteses biônicas mais importantes do mundo e diretor do grupo Biomechatronics no MIT Media Lab. Ele também é amputado. Perdeu suas duas pernas em uma escalada no gelo quando adolescente. Ele prometeu ajudá-la e a reconquistar o seu sonho
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— Eu realmente me conectei emocionalmente com o objetivo de Adrianne de voltar a dançar. E eu queria fazer tudo que pudesse para atingir esse objetivo
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Mas Herr e sua equipe tiveram um grande desafio. Eles tiveram de criar a primeira perna biônica do mundo projetada especificamente para dança
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Além da angústia, ela lutou mentalmente. Os desafios físicos de caminhar e, eventualmente dançar novamente, eram extremos.
— Eu não sabia nada sobre próteses. Foi uma surpresa enorme e não só decepção. Mas era devastador, pois não eu podia simplesmente colocar em uma prótese e apenas andar e ir embora. Eu não sabia que seria tão incrivelmente doloroso
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— Nós medimos tudo para dança, os movimentos, as forças
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Herr levou um dos companheiros de dança de Adrianne ao seu laboratório. E lá foram colocados sensores supersensíveis em seus corpos e reproduziram os passos de dança favoritos da bailarina. A equipe levou muitos meses para desenvolver a o membro biônico. Quando ficou pronto para ser usado, Adrianne passou inúmeras horas no laboratório para testes
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Quando se sentiu forte o suficiente, ela convidou Anderson Cooper, da CNN, ao MIT para lhe mostrar o quão longe ela chegou
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