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Tony Ramos e parte do elenco do filme Getúlio estiveram no lançamento do longa realizado na noite desta quarta-feira (17), no shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio
Reportagem: Rodrigo Teixeira, do R7, no RioAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Interpretando o papel principal de Getúlio Vargas no longa que conta os últimos dias do ex-presidente, Tony se lembrou do amigo que faleceu recentemente, José Wilker.
— Eu não cheguei a conversar com Wilker sobre este personagem a fundo. Ele apenas falou: “Como é que está o Getúlio?” e eu respondi: “Ah, velho... Estamos trabalhando muito”. E lamentavelmente o querido Zé não pôde ver este filme finalizado. A gente se falava demais! Ah, é uma saudadeAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Ao se lembrar de José Wilker, Tony Ramos ficou com voz embargada e lágrimas vieram aos olhos. Wilker viveu no cinema outro presidente brasileiro emblemático, Juscelino Kubistchek
Alex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Tony Ramos falou ainda sobre a sua opinião em relação ao tipo de governo ditatorial vivido na Era Vargas.
— De fato ele era um grande ditador e a minha opinião não muda sobre isso, mas o Getúlio foi bastante importante para todos nós, principalmente, nas questões trabalhistasAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Algo que motivou Tony a construir seu personagem para o longa foi a paixão do povo pela figura pública que Getúlio representava.
— Após o filme a minha visão sobre Getúlio não mudou em nada. Eu continuo achando ele um grande ditador. O que mudou para mim, ao fazer o filme, é lembrar-me que apesar de tudo isso por que ele era amado pelo povo? Esta foi a minha perguntaAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Tony revelou o processo de caracterização pelo qual teve que passar para encarnar Getúlio Vargas no cinema.
— Eram duas horas e meia de caracterização em todos os doas de gravação. Látex, navalha... todas as manhãs a navalha percorria a minha testa até o miolo. Esse cabelão todo era cortado, o cabelo não vinha até a nuca e era cortado pela metade. Tudo tratado como nos anos 1950. O cabelo foi colocado fio a fioAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Segundo o ator, o que contribui em nosso país para a criação de políticos populistas é a falta de educação.
— Tive amigos já falecidos que sofreram na ditadura dele. Mario Lago foi um deles e tem muito outros, porém até mesmo eles diziam que Getúlio era um homem surpreendente. Ele era amado pelo povo. O que falta para o nosso país é educação, por isso existe essa dependência de políticos com uma figura paterna e protetoraAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Após o longa, Tony garante que sua visão “maniqueísta” quanto a figura do ditador mudou um pouco.
— Não me surpreendeu ter feito o filme, não muda esse pensamento contra o ditador, mas muda a visão minha de não ser tão maniqueísta quanto ao ditador. Você começa a perceber esse ser humano, este homem ousado que disse na frente de centenas que pessoas que não poderia rasgar a constituição brasileira porque ele já tinha rasgado duasAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Alexandre Borges, que viveu Lacerda no longa, contou detalhes sobre sua participação na história.
— Fiz uma interpretação com muito respeito a tudo o que estudei sobre Lacerda. Vamos contar um enredo que acontece a partir se um tiro, de um atentado que o Lacerda sofre. Filmei no prédio onde houve o atentando e tudo é muito próximo do real. Estamos falando sobre pessoas que viveram dias importantes e decisivos para a história do PaísAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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Drica Moraes viveu a filha de Getúlio e levou sua avó para o pré-estreia do longa.
— Alzira representa um pouco a família Vargas. Foi muito comovente construir essa emoção. Hoje eu trouxe uma testemunha ocular da história. Ela veio conferir se ficou do jeito certoAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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O diretor do filme, João Jardim falou como foi realizar esse projeto.
— Foi maravilhoso, devo tudo a essa equipe que me acompanhou, fazer cinema é equipe e estou cercado de pessoas formidáveisAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews
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O filme Getúlio estreia em 1° de maio deste ano. A data foi escolhida por conta dos discursos do ex-presidente aos trabalhadores, que aconteciam nesse dia. Segundo os produtores, o orçamento do longa foi de R$ 6 milhões
Reportagem: Rodrigo Teixeira, do R7, no RioAlex Palarea e Felipe Assumpção/AgNews