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Andrea Veiga está em cartaz no Teatro Espaço Promon, em São Paulo, com o espetáculo Constellation — Uma Viagem Musical pelos Anos 50, que fica em cartaz até o dia 26 de setembro, podendo ser prorrogada. Aos 46 anos, com 36 anos de carreira, ela já passou pela rádio, pela TV, pelos palcos e pelo cinema. Também já escreveu livro. No entanto, é com o título que inventou (palavras dela!), que é sempre lembrada.
— Paquita é quase um sobrenome! Andréa Veiga, a ex-paquita. É a única coisa chata [risos]. Só que eu costumo dizer que muita coisa do que eu sei, do que eu aprendi, do que levo pra vida, foi “Escola Marlene Mattos”. Uma escola de disciplina, de responsabilidade. Eu acompanhei o início, o meio e o fim dessa história. Viajei pelo Brasil todo e pelo mundo, não renego, foi uma parte muito importante da minha vida. Eu posso dizer pra você que eu criei essa profissão. Quem inventou esse negócio de “paquita” fui eu!
Acesse o R7 Play e assista gratuitamente à programação da Record quando quiserMontagem/Reprodução/ Facebook
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Quando Andrea diz que “inventou” a profissão, que levou tantas meninas a sonharem no passado, ela não está exagerando. Ela foi a primeira assistente de palco de Xuxa, ainda nos tempos de TV Manchete, quando a apresentadora dava seus primeiros passos em uma carreira de imenso sucesso com o público infantil
Reprodução/Facebook
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Diferente de tudo o que mostra a televisão nos dias de hoje, naquela época, as paquitas eram assistentes de palco que mexiam com a imaginação das meninas. Elas não estavam lá para atrair um público adulto e masculino.
— Não tinha nenhuma sexualização. Tínhamos aulas de etiqueta, de espanhol, inglês, dança... Não tinha nada para expor, a gente usava aquelas botas até o joelho [risos]Montagem/ Reprodução/Divulgação
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A menina que começou tão novinha na TV, atualmente, é mãe de um garoto, Luca, de 13 anos.
— Ele é um menino supertranquilo, estudioso, CDF pra caramba! Não preciso sentar com ele para fazer um dever qualquer. Graças a Deus! Ele é muito tranquilo. Converso com ele de igual pra igual. Essa geração de hoje em dia já vem com um chip diferenteReprodução/Facebook
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É o filho sua prioridade e também o que impede que ela passe muito tempo longe de casa. Morando no Rio de Janeiro, por causa da peça, ela passa metade de sua semana em São Paulo.
— Eu não vivo bem viajando, porque tenho um filho de 13 anos. Ele mora comigo, pois sou separada do pai dele. Ele está numa idade em que precisa de outros cuidados. É difícil pra mim. Nesse período, ele fica bastante com o pai, mas sinto muita falta de casa!Reprodução/Facebook
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Andrea encara com bom-humor os elogios à beleza, pois mudou muito pouco ao longo dos anos. O rosto continua o mesmo! Ela garante que não é neurótica com os cuidados com o corpo.
— Olha, eu sou vaidosa, mas não sou ao extremo daquelas que passam quinhentos cremes na cara. Uso filtro solar, hidratante, procuro me exercitar, mas por obrigação. Tô com um problema no joelho e minha irmã é nutricionista, então, me ajuda com uma dieta. Eu como superbem, bebo socialmente, não fumo, nem nunca fumei, não sou da noite, sou totalmente diurna. Gosto de acordar cedo.Reprodução/Facebook
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No ano passado, além do espetáculo, Andrea ainda encarou um show de bossa nova (sim, ela também canta!). Atualmente, ela está se dedicando totalmente ao musical.
— Eu sou meio Bombril [risos]! Passei por todos os meios. Trabalhei três anos na Rádio Nativa do Rio de Janeiro, já escrevi livro.., Atualmente, não consigo conciliar outros trabalhos. Eu estou praticamente morando em São Paulo, pois vou toda quinta-feira e fico até domingo, mas recentemente fiz uma participação em um filme, A Menina Índigo, que deve ser lançado em setembro ou outubroRaphael Castello/AgNews
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Também não é pra menos. Todos os atores que fazem teatro musical sabem que o trabalho não é para qualquer um.
— O teatro musical exige um comprometimento muito grande. Uma disciplina. Quando você faz musical, não pode ficar à noite na rua, não pode beber. Eu amo a época em que se passa a peça. Só tem sucesso na música, as pessoas cantam com a gente. Tinha uma senhorinha aos prantos em uma das vezesRaphael Castello/AgNews
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Com direção de Jarbas Homem de Mello, a recepção do paulistano ao espetáculo Constellation surpreendeu Andrea, a ex-paquita que é artista por excelência, dedicação e gosto.
— Sempre me falaram que a plateia do Rio de Janeiro é bem diferente da plateia em São Paulo. No espetáculo, a gente faz muitas referências ao Rio de Janeiro de antigamente e achei que o povo não ia entender. Quando acaba a peça, eu fico impressionada, o público ovaciona a gente. Teve um senhor que jogou até balas no palco! Já falei: “Meu senhor! Não alimente os artistas [risos]!Raphael Castello/AgNews