Ana Paula Maciel, que chamou a atenção do mundo ao ser presa ano passado na Rússia depois de um protesto no mar
contra a exploração de petróleo no Ártico, prestigiou na noite de terça-feira (15), em São Paulo, o lançamento da edição de abril
da Playboy, que traz seu ensaio nu. A bordo de um modelito longo preto,
um tanto comportado, a ativista do Greepeace falou ao R7 sobre o que
achou do ensaio.
— Achei maravilhoso. Ficou simples e sensual, como só a natureza pode ser
Texto e reportagem: Aurora Aguiar, do R7
Paduardo/AgNews
Teve vergonha de ficar nua?
— Na verdade eu já fiz coisas bem mais difíceis que isso. São dez anos navegando pelos sete mares,
fugindo de urso polar, desvirando botes de três toneladas no meio do Atlântico. Encaro o meu corpo com muita naturalidade
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Como tem recebido as críticas que alegam o uso do corpo para ganhar dinheiro?
— Estou usando essa oportunidade para fazer com que a minha causa chegue à mais pessoas. Tanto é que se olharem na capa da revista o meu nome não está em evidência, mas sim, a causa da qual eu luto na minha vida inteira. A revista apostou em uma beleza diferente. Sei que eu não sou do tipo mulherão, e que é controverso de alguma maneira. A Amazônia continua sendo destruída, o ÁrtIco continua derretendo, e os animais pelos quais eu luto continuam sendo traficados e mortos. Eu me preocupo com o que realmente importa para mim. Quando fui presa me criticaram, quando cheguei no Rio Grande do Sul e comi um churrasco também fui criticada, e não é agora que eu espero ser um consenso
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Já sabe o que vai fazer com o cachê?
— Vou usar esse dinheiro para começar a engatinhar meu projeto de ter uma reserva natural para receber animais vítimas do tráfico. Mas para isto vou precisar de muitas parcerias com pessoas que acreditam no meu sonho. Eu também pretendo começar a dar palestras e terminar de escrever o livro sobre a experiência na Rússia
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Em novembro do ano passado, você recebeu o direito de responder ao processo em liberdade mediante ao pagamento de uma fiança.
É isso mesmo?
— Eu recebi uma anistia por um crime que eu não
cometi. Fui presa por uma causa que eu acredito, e que eu acho que é
justa e necessária. Para se alcançar grandes objetivos é preciso
correr grandes riscos e sim, eu continuo sob investigação. Os
computadores pessoais e discos-duros e
o navio continuam sob investigação. Se eles (a Rússia) encontrarem um
crime eu posso muito bem ser procurada pela Interpol (Organização Internacional de Política Criminal) e não poder deixar o Brasil
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De volta ao ensaio, existe alguma parte do seu corpo que você não gosta?
— Tenho uma relação muito simples com o meu corpo. Assim como eu não reclamei da comida da prisão, porque existem milhões de pessoas morrendo de fome no mundo, não acho que seja justo reclamar dele. Ele é perfeito e funciona. É assim que eu me relaciono com o meu corpo
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Thalita Zampirolli, apontada como ex-affair de Romário, também esteve no evento
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Thalita esbanjou simpatia
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Thalita posou com as coelhinhas
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Olha só a roupa da gata!
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Gaby Potência foi conferir o lançamento da revista