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Com 27 anos, Jaqueline Jatai diz que é a prova viva de que as coisas ruins, muitas vezes, acontecem por um bem maior. Há pouco mais de um ano, a ex-comissária de bordo era demitida de uma grande companhia aérea, após discordar de uma checadora, que achou o uniforme justo demais na funcionária. Agora, ela é capa da edição de outubro da revista Sexy.
— Eu nunca quis ser modelo, meu sonho era ser comissária, mas arrancaram isso de mim
Entrevista: Bruna Ferreira, do R7Divulgação/Sexy
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Jaqueline conta que desde menina brincava que seria comissária de bordo, mas que não sabia nem qual era o salário de uma aeromoça. A mãe, que era empregada doméstica, pediu informações para uma antiga patroa sobre a carreira tão sonhada pela filha.
— Ela foi a primeira a me desestimular. Dizia que eu não tinha o perfil, que não era alta, que não tinha inglês. Só que uma amiga da escola fez o curso e conseguiu. Se foi possível para ela, eu também conseguiriaDivulgação/Sexy
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Jaqueline precisou sair de Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, onde morava com a mãe, para frequentar o curso de aviação. Ela passou a dividir apartamento com a amiga e trabalhava como recepcionista para se manter. O episódio que culminou com sua demissão aconteceu após três anos de serviços prestados para a companhia aérea.
— Fiquei um ano em depressão. Eu estava juntando dinheiro para comprar o meu apartamento. Minha mãe estava muito preocupada, eu passava o dia trancada no quarto. Hoje tenho uma advogada cuidando da história com a companhia aérea. Demorei pra decidir colocar no pau, pois eu tinha um carinho muito grande pela empresa. Tudo o que eu consegui foi por causa delesDivulgação/Sexy
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A loira diz que relutou em trabalhar como modelo. Como gostaria de voltar para a aviação, ela tinha medo de se expor e não conseguir uma recolocação no mercado. Um anos após muitas portas fechadas, ela abraçou a nova carreira.
— Eu já fiz ensaio sensual, mas nunca fiquei nua antes. O fotógrafo da Sexy me achou no Facebook e me chamou para uma reunião. Eu fui conversar com eles, não sabia o que ia rolar. Foi quando cheguei lá que contei minha história. Eles adoraram, me ofereceram a capa e me disseram que o ensaio seria todo inspirado em aviaçãoReprodução/Facebook
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Antes das fotos, ela conta que ficou bastante ansiosa e insegura. O apoio da equipe e da mãe foi fundamental na hora dos cliques.
— Minha mãe foi no segundo dia de foto e isso foi bem importante, pois ela é uma pessoa muito simples, precisava ver como era para se defender dos comentários maldosos dos outrosReprodução/Facebook
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Questionada sobre guardar mágoa da checadora que achou seu uniforme justo demais, ela não esconde a decepção e diz que precisou se afastar dos amigos daquela época.
— Eu tenho orgulho de ser comissária, mas acho que ainda tenho mágoa. Não sou vingativa, não sou rancorosa e sei que não devia sentir isso, pois só me faz mal, mas é difícil. Me afastei de todo mundo da aviação. Quando eu saia com eles, o assunto sempre ia para o trabalho e aquilo me entristecia demaisReprodução/Facebook
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Atualmente, ela aluga uma casa com a mãe em Guarulhos, pertinho do aeroporto, e pretende investir o cachê em um apartamento para as duas
Reprodução/Facebook
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Solteira, ela bem que gostaria de namorar, mas diz que a fase é de muito trabalho.
— Eu não quero ficar sozinha, mas nessa fase que eu estou, a pessoa precisa ser muito parceira. É bem difícil. Estão aparecendo os trabalhos, mas eu ainda sou muito crua [risos]. É muita coisa em pouco tempo!Reprodução/Facebook