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Roy Rossello, o terceiro eliminado da Fazenda, voltou a falar de Edgardo Díaz, empresário dos Menudos, acusado pelo ex-peão de abusar sexualmente dos integrantes do grupo. Em entrevista ao portal R7, Roy disse que foi ameaçado pelo homem, que tinha como principal característica escolher a dedo os rapazes com quem iria trabalhar para que pudesse se aproveitar deles. Nesta entrevista, Roy fala ainda de sua participação no reality e das desavenças que teve com o peão Diego Cristo. Confira!
Texto e reportagem: Aurora Aguiar, do R7Reprodução/Rede Record
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Como foi participar da Fazenda?
— A convivência com os participantes realmente não foi muito agradável. Me decepcionei muito com a maioria deles. Tentei ser o mais verdadeiro possível, tentei aconselhar, falar, pregar certas coisas...Reprodução/Rede Record
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Ficou decepcionado com algum peão em especial?
— Com o Diego (Cristo). Ele foi uma pessoa agressiva comigo e com os outros participantes também. Ele era uma pessoa que mudava o seu jeito de ser. Ele de repente era uma pessoa amiga, de repente mudava completamente. Ele não fez isso só comigo. Fez com outros participantes também. Mas mesmo assim eu já perdoei também. Eu sou uma pessoa que não guardo rancor de ninguém. Perdoo muito fácilReprodução/R7
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Como foi rever os peões falando mal de você?
— Eu já sabia. Sei que dentro do coração deles só existe perversidade, mas estou feliz comigo mesmo, que é o mais importanteReprodução
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Ao Domingo Show, da Record, você confirmou o caso de pedofilia que sofreu de Edgardo Diaz, então empresário dos Menudos...
— Sou uma pessoa que vou com a verdade. Não sou de inventar histórias. Não sou mentiroso. Sou uma pessoa de Deus e tudo o que eu falei é verdade. Em nenhum momento eu menti ou inventei históriaReprodução/Rede Record
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E por que demorou tantos anos para falar? Teve medo?
— Eu era ameaçado. Isso para mim era bem difícil porque tive que guardar essa história dentro de mim. Sabia que se eu dissesse isso para os meus familiares isso iria se formar um caos na minha vida. Não queria que minha família passasse por esse constrangimentoReprodução/Rede Record
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Foi uma revelação séria. Acredita que pode ajudar outras vítimas?
— Não podemos nos calar. Isso tem que ser falado mesmo. A pedofilia tem que parar. As pessoas têm que estar conscientes e não podem ter medo, nem vergonha. Não denunciei antes porque a pessoa era tão poderosa na época que realmente não ia adiantar muito. Ele dizia que ia me tirar do grupo. Não só ele, mas as pessoas que trabalhavam na produção, até o próprio coreógrafo, ele também me ameaçavaReprodução
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Os abusos aconteciam só com você?
— Eu não posso falar dos outros meninos. Eu falo de mim, não quero mencionar nomes. Falo de mim, o que eu passeiReprodução/Rede Record
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Ao Domingo Show, Roy deu alguns detalhes sobre como acontecia os abusos.
— Teve uma última festa na mansão em Porto Rico que fui chamado. Quando cheguei lá, me mandaram subir no quarto do Edgardo (seu empresário na época) sempre fui contra isso, mas eu tinha que ajudar a minha família, sabe? Eu queria comprar uma casa, um carro e dar uma melhor vida para a minha mãe. Fui obrigado a passar por essa humilhação. Eu escondi isso por muitos anos da minha mãe e do meu pai, porque tinha vergonha. Se eu tivesse falado para o meu pai, com certeza iria acontecer alguma desgraça. Aliás, na época, ele era muito poderoso e tinha muitos advogados. O que iria adiantar? Nada, ele tinha tudo compradoReprodução/Rede Record
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É verdade que você pensou em suicídio? Como foi isso?
— Sim. Eu sai correndo dessa festa, vi umas coisas que eu não gostei, o Robby (Rosa) também era superjusticeiro, também não gostava desse tipo de coisa. E chegou uma hora que o corpo acordou. Eu já estava cansado desses abusos, já não aguentava mais, já não suportava mais isso. Me sentia tão culpado de eu ter passado por isso que eu comecei a correr. Deitei no meio de uma avenida e esperei que um carro passasse por cima de mim. Eu não sabia como lidar com isso. Para mim era muito difícilReprodução/Rede Record
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E que fim deu esse Edgardo Díaz?
— Esse homem está livre hoje, mas eu acredito que a Justiça seja feita. Acredito na Justiça de DeusReprodução/Rede Record
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Pensa em processá-lo?
— Essa questão de pedofilia nos Estados Unidos não caduca. Eu sou uma pessoa hoje que não quero fazer dano a ninguém, não quero chegar a um tribunal...Ele sempre tentava colocar integrantes no grupo que ele pudesse ser fácil manipular as famílias para ele poder ter mais um controle disso. Mas não quero falar muito
VEJA MAIS: Roy Rossello explica caso de pedofilia nos Menudos: "Edgardo Díaz abusava da gente"Reprodução/ Rede Record