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O Brasil deu adeus a Jorge Dória, que morreu aos 92 de complicações renais e cardiorrespiratórias nesta quarta (6), após cerca de 70 anos de carreira. Tudo começou no teatro com em 1951, quando estreou a peça As Pernas da Herdeira.
Nascido Jorge Pires Ferreira, em 12 de dezembro de 1920, no Rio de
Janeiro, passou a assinar o sobrenome Dória em homenagem ao amigo Leoni
Dória Machado, com quem escreveu a peça As Pernas da Herdeira, sua
estreia como ator na Companhia Zaquia Jorge, em 1951
Cedoc/ Funarte
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Nome importante no cinema e no teatro nacional, Jorge Dória virou conhecido do público das novelas. Um de seus personagens mais lembrados é da novela Que Rei Sou Eu? (1989)
Geraldo Modesto/ TV Globo
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Na engraçada trama das sete, ele era o conselheiro real Vanoli Berval. Ao lado de John Herbert e Oswaldo Loureiro, formou um impagável trio de nobres de conduta questionável
Reprodução/ TV Globo
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No cinema, estreou em Mãe (1948). Mas Assalto ao Trem Pagador (1962) foi seu maior papel nas telas. Ganhou o Prêmio Saci como ator coadjuvante pelo papel no icônico no filme Roberto Farias
Cedoc/ Funarte
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Seu último trabalho na televisão foi em Zorra Total em que fazia um pai que não entendia que o filho, vivido por Lúcio Mauro Filho, era gay
Divulgação/ TV Globo
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Jorge Dória (com Zezé Motta na foto) levou ao cinema como ator e roteirista a obra de Nelson Rodrigues. Em 1964, atua
no filme Asfalto Selvagem, tão crítico, que foi censurado pela ditadura
militar. Também atuou no filme O Beijo, baseado em O Beijo no Asfalto.
Em 1963, também assina o roteiro de Bonitinha mas Ordinária para o
cinema, com Jece Valadão e Odete Lara no elenco. No fim dos anos 70, faz ainda A Dama do Lotação e Perdoa-me por me traíres
Cedoc/ Funarte
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Sem preconceitos, Jorge participou de produções da pornochancada nos anos 70. Como É Boa a Nossa Empregada (1973) foi um deles. Fez ainda o filme Ninguém segura essas mulheres de Anselmo Duarte, de 1976.
Cedoc/ Funarte
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No teatro, ficou seis anos na companhia de Eva Todor. Seu maior sucesso, A Gaiola
das Loucas, em 1974, ficou cinco anos em cartaz. Foi nos palcos, que
Dória ganhou popularidade como o rei dos cacos de improvisação.
Na foto, bem novinho, com as atrizes Thaís Portinho e Leda Valle
Cedoc/ Funarte
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Você sabia que Jorge Dória foi o primeiro Lineu? Na versão de 1972 da Grande Família, ele fez o papel que hoje é de Marco Nanini
Cedoc/ Funarte
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Jorge Dória era Átila na novela Olho no Olho, de 1993
Reprodução/ TV Globo
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Em Tieta (1989), Jorge Dória interpretou o Pastor Hilário
Bazilio Calazans/ TV Globo
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Na novela Deus nos Acuda, de 1992, com Louise Cardoso
Divulgação/ Tv Globo
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Jorge Dória e Anna Zelma na peça O Sr. é quem?, de João Bethencourt, 1980
Cedoc/ Funarte
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Jorge Dória apaga velinhas com colegas de teatro, entre eles, Glauce Rocha, Ana Maria Nabuco, Pernambuco de Oliveira e Orlando Miranda
Cedoc/ Funarte
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Jorge Dória com os colegas de teatro José Santa Cruz, Carvalhinho e Margot Mello
Cedoc/ Funarte
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Jorge Dória é entrevistado por Aldomar Conrado, Orlando Miranda (esquerda) e Fernando Torres (direita) em 1975. Fernanda Montenegro estava presente, de lenço na cabeça
Cedoc/ Funarte