Competidores se inspiram no corpo de Gracyanne Barbosa
Eduardo Enomoto/ R7
Uma mansão no Guarujá, no litoral de São Paulo, serviu como palco da final do reality show Casa dos Campões. A competição, patrocinada por uma marca de suplementos alimentares, escolheu dois homens e duas mulheres para se tornarem atletas profissionais do fisiculturismo.
Entre os competidores, apenas garotos donos de corpos monstruosos e garotas definidas, mas preocupadas em manter o corpo feminino. Horas antes da grande final, que teria como convidada para entregar os prêmios de R$ 36 mil e um contrato de um ano, os concorrentes já exibiam seus músculos em trajes mínimos e brilhantes.
Como parte da preparação, todos se submetem a uma maquiagem corporal. Os atletas são transformados pelas mãos de Ricardo Menezes, maquiador corporal profissional, e com grande experiência em campeonatos de fisiculturismo. Rapazes e moças recebem um banho de tinta especial, que deixa os corpos com aquela característica cor alaranjada, e depois ficam ao sol para secar.
A convidada especial da grande final era Gracyanne Barbosa. A morena é referência nas redes sociais do estilo de vida bodybuilder, e sua forma física chama atenção pelo tamanho dos músculos e do bumbum sarado. A chegada da musa fitness causou alvoroço entre os competidores.
A competição feminina é dividida em muitas categorias e a que desperta mais interesse no público brasileiro é a que preserva a feminilidade das mulheres. O concurso é uma mistura de concurso de miss, com uma disputa de músculos. Elas desfilam com pequenos biquínis brilhantes e fazem poses que mostram a definição e o charme de cada candidata.
Entre as seis competidoras, as duas escolhidas tinham em comum o cabelo loiro e liso. Daniella Bertulucci, 23 anos, é personal trainer, malha desde os 14 anos e começou a competir há dois anos. A outra escolhida foi Camila Proença, 27 anos, personal trainer e frequentadora de academias há 12 anos.
Apesar dos corpos perfeitos e do confinamento, os participantes do reality show garantiram que todos estavam focados na competição e que não houve tempo para paqueras e romances.
Depois do desfile feminino, foi a vez dos meninos mostrarem o resultado de muita malhação, dieta e treinamento psicológico para aguentar pressões. Eles terminam a apresentações para os juízes ofegantes e cansados de tanta força gasta para mostrar músculos, que pessoas normais jamais imaginaram existir.
Júlio Balestrin, além de atleta profissional era um dos jurados, contou quais são os critérios levados em conta na competição.
— São quatro critérios que são considerados: volume, definição, simetria e proporção. Então o fisiculturista tem que um aspecto em “x”, uma estrutura larga, uma distância grande entre os ombros, uma distância pequena na cintura, para ficar com a cintura fina, e ter os membros inferiores abertos, ou seja, a perna arredondada que abre, isso caracteriza um atleta bom para o fisiculturismo. Além desses critérios, são levados em consideração proporção, ou seja, ele tem as costas, que são proporcionais ao peito, que é proporcional ao ombro, que é proporcional as pernas e assim por diante. A simetria também é levada em consideração, o lado esquerdo o máximo parecido com o lado direito, ou melhor ainda se ele for igual.
Um vento tão forte, quanto os competidores, atingiu o litoral no começo da noite e atrapalhou um pouco a premiação masculina. Mas nem a fúria da natureza, tirou o sorriso de Felipe Henrique Moraes da Silva, 21 anos, e Luis Gustavo Vaucher, 25 anos. Eles foram os homens escolhidos para levar o prêmio para casa e assinar o contrato de um ano.