Elza Soares se apresentou na SPFW e falou sobre dramas do passado
Debora Bresser/R7Considera uma das grandes divas da música popular brasileira, Elza Soares fez um show intimista na SPFW na tarde desta quinta-feira (28). Sentada em uma cadeira, a cantora de 78 anos falou sobre música, moda e relembrou a perda de quatro dos seus sete filhos.
— Levantar, sacodir a poeira é fácil na música, mas quando se tem perdas como as que eu tive, perdi filhos, é difícil.
O passado é algo que ainda machuca a cantora. É como se fosse uma ferida aberta em seu peito.
Gilson, de 59, morreu há um ano, por complicações decorrentes de uma infecção urinária; os dois primeiros filhos nem chegaram a ter nome, morreram de fome nos anos 1950; e o terceiro, Garrinchinha, o único que ela teve com o jogador Garrincha, em 1986, morreu em um acidente de carro em Magé, no Rio.
Mas o papo no evento de moda não foi só esse. A cantora também falou um poquinho dela.
— Me orgulho de ser mulher, de ser humilde, de chegar aonde cheguei. Minha beleza é meu anjo da guarda, sou eu. Não saio de casa sem cilios postiços. Pra sair não abro mão de uma boa maquiagem e uma boa roupa. Hoje posso comprar, antes não podia.
Ao ser questionada quem seria para ela um ícone de beleza, foi o nome de Reynaldo Gianecchini que saiu de sua boca. E ela ainda brincou...
— Pegaria uma mulher que fosse muito bonita... Difícil isso pra mim. Só pra olhar? Não sei.
Referência também em relação a preconceito, Elza Sores tocou no assunto racismo.
— Sempre me aceitei, nasci assim, falo muito da negritude porque acho terrível a gente sofrer com preconceito. Sofri muito preconceito, mas isso me fez mais forte. Quis desistir da carreira, mas Caetano Veloso me deu a música Língua, e desisti de desistir.
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