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Desde os 12 anos, Camila Monteiro começou a engordar. Na época, ela havia ganhado seu primeiro computador e o efeito disso foi uma rotina bastante sedentária. Desde então, a moça foi vendo os ponteiros da balança subirem, mas não se importou. Aos 20 anos e já com 120 kg, contraiu H1N1 e correu risco de morte por complicações causadas por seu peso. Ser tratada como obesa fez com que ela decidisse mudar de vida e perdesse 50 kg
*Colaborou, Rebeca Tosta, estagiária do R7
Assista: Conheça os benefícios da dieta mediterrâneaReprodução/Instagram
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O início do ganho de peso de Camila foi bastante gradual. Aos 12 anos, ela foi ganhando mais peso com a mudança da rotina causada por ficar dentro de casa usando o seu computador. Na época eram apenas 7 kg a 10 kg a mais, apenas.
— Não era nada gritante, mas era o suficiente para virar a piada da sala de aula. Apelidos de todos os tipos, um pior do que o outro.
Ao invés de usar a experiência de exclusão para mudar os hábitos alimentares, ela acabou se consolando com a comida e ganhou mais peso ainda
VOTAÇÃO OFICIAL: Quem você quer que continue na Fazenda?Reprodução/Instagram
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Camila chegou até a emagrecer em alguns períodos, mas, aos 18 anos, ela já não se importava mais com que os outros iriam dizer. " Não se tratava mais de 7 kg a mais e sim mais de 40 kg", explica ressaltando que chegou a pesar 110 kg na época. Para a sua formatura, ela conseguiu chegar aos 85 kg, mas foi só a festa passar para que ela voltasse a engordar.
— E dessa vez me superei ao chegar aos 120 kg. Muitos pediam para eu fazer uma bariátrica, mas eu me negava. Dizia que se eu fosse emagrecer seria sem a ajuda de um procedimento tão invasivo e que pudesse me deixar com alguma cicatrizReprodução/Instagram
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Apesar de ter consciência de seu peso, a moça não mudava em nada sua alimentação. O tempo passou e, aos 20 anos, uma ida ao hospital fez com que sua vida mudasse.
— Contraí H1N1 (vulgo gripe suína) e fui parar na UTI, já com Obesidade Grau III. O médico foi direto ao dizer que a obesidade piorou o meu estado, lembro-me que ele disse que se eu tivesse esperado mais um dia provavelmente estaria morta. Lá, fui tratada como uma obesa. Era exatamente o que eu era, mas a minha ficha só caiu aliReprodução/Instagram
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O choque de realidade de ser carregada por vários profissionais e ter suas dobras da barriga lavadas por outras pessoas fez com que ela tomasse uma atitude.
— Assim que levei alta mudei os meus hábitos de vezReprodução/Instagram
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As mudanças de hábito foram pensadas por ela mesma, que atualmente faz nutrição.
— Não tive acompanhamento nutricional. Tudo o que eu fiz foi na base de muitas pesquisas. Sei que não é o certo, mas eu não tinha condições de manter uma dieta por um nutricionista naquela época. E, no fim, acredito que todos nós sabemos o que engorda ou não. O excesso é sempre o maior problema. No mais, comprei muitas frutas e verduras. Por sorte eu já gostava desses alimentos, só não tinha o costume de comê-losReprodução/Instagram
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Camila precisou também colocar as práticas de exercícios físicos em sua rotina, o que ela considerou como sendo o mais difícil.
— Hoje consigo fazer e até sinto falta quando não faço. Faço tudo em casa, com a ajuda de elásticos extensores e pesos caseiros. Ajudou e muito. Na alimentação a única coisa difícil são os doces, mas já estou mais controladaReprodução/Instagram
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Ao todo, foram necessários quase dois anos com muitos altos e baixos para que ela chegasse a meta de 50 kg a menos. Mas ela ainda quer mais: seu objetivo é perder mais 8 kg e passar dos 70 kg para os 62 kg.
— Nesse período cheguei a engordar de novo, coisa de, no máximo, 5 kg. Ainda que fosse errado, foram mais de 20 anos de maus hábitos e eu ainda estava em fase de adaptação. Então, não me pressionei e fui levando, brecando toda vez que escapava da dieta. Empaquei nos 85 kg por muitos meses. Desanimei e quase joguei tudo para o alto, mas busquei forças e persisti, até chegar no meu peso atualArquivo pessoal
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Mostrar o seu desempenho para os outros também ajudou bastante Camila. Em sua conta no Instagram @projetoenfimmagra, ela mostra o seu dia a dia e ainda divulga a evolução do emagrecimento de outras pessoas.
— Eu tive ainda mais impulso a continuar, sinto-me mais motivada em ajudar as pessoasArquivo pessoal
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Hoje em dia, a estudante de nutrição se sente muito melhor e mais confiante, mas querer melhorar ainda mais.
— Agora, não sofro mais para achar roupas, não passo mais vergonha em ônibus por causa dos assentos e da catraca, não sou mais a última opção dos garotos (sofria muito por isso na escola), não me sinto mais uma "cabeça ambulante", já que eu só me olhava do pescoço pra cima no espelho. Não sofro mais preconceito das pessoas, não sinto mais olhares diferentesArquivo pessoal