Creme para pentear que tira o volume? Condicionador que promete "domar" os cachos? Escova definitiva? Não, obrigada. Foi-se o tempo em que uma mulher cacheada precisava esconder o cabelo que tem para ser considerada bonita. Hoje, beldades donas de cabeleiras crespas maravilhosas ostentam os caracois com muita elegância e dignidade
— Adoro ser um ícone para outras meninas negras. Quando eu era mais nova, era carente de ícones. Você só via aquelas bonecas loiras e de olhos azuis no mercado e esse era um padrão de beleza impossível de alcançar. Isso é cruel. Sinto-me orgulhosa em ser uma referência
— Meu cabelo estava realmente muito ruim, danificado, e eu não tinha mais dinheiro e meios pra cuidar dele. Sempre tive cabelo com química, desde cedo. Quando era pequena as mães alisavam os cabelos das filhas. Eu passei a usar cabelo natural quando cresci, quando comecei a ter consciência da minha identidade. A minha vó paterna sempre dizia pra eu deixar meu cabelo natural, pra eu me aceitar do jeito que Deus me fez
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No Carnaval, o cabelo de Ludmilla na Marquês de Sapucaí foi criticado por Val Marchiori. A cantora desfilou pelo Salgueiro, e durante a cobertura do evento a socialite disse, em tom de crítica, que o black de Ludmilla parecia um bombril. O comentário racista foi respondido com elegância pela cantora, que declarou no Facebook que ser chique é ter valor, e não ter preço
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No Super Bowl, no domingo (7), Beyoncé fez uma apresentação histórica que revoltou conservadores dos Estados Unidos. Com referências a grupos e personalidades ligadas à defesa dos direitos dos negros, como Panteras Negras e Malcolm X, o show emocionou e deu o que falar. E além da cabeleira naturalmente cacheada de Beyoncé, todas as dançarinas também sacodiram os fios crespos nas batidas do hit Formation, que fala justamente sobre empoderamento negro
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Beyoncé não é a única da família a inspirar outras meninas a libertarem os cachos. A irmã dela, Solange Knowles, também tem um cabelão de dar inveja