Aline Muniz prepara o lançamento do terceiro álbum, que terá influência de rock até menos no vocal
Christian Gaul - DivulgaçãoAline Muniz ouve de rock a funk para buscar influências e novidades
DivulgaçãoRecentemente, Aline Muniz lançou o clipe da música Tem que Ter um Fim, que vai integrar seu terceiro disco, ainda sem data de lançamento. Cheia de planos para o novo trabalho, o vídeo é só uma pitada da mistura de influências que a cantora vem acrescentando à sua musicalidade.
A composição de Gabriel Moura e Rogê em Tem Que Ter um Fim ganhou clipe intimista, com ares jazzísticos e clima de romance. Pelo telefone, Aline conta ao R7 que a ideia foi do diretor Fabio Delai e do produtor Diego Querzoli, da Cavallaria Films.
— Eles me apresentaram a ideia e fiquei superfã. Tudo o que a gente se predispôs a gravar, conseguimos. Ficou mais lindo do que a gente imaginou.
A história do clipe, conta ela, acontece durante uma festa e envolve o atual namorado –na ficção–, por quem a personagem não é totalmente apaixonada, e o encontro com um ex, amor que a personagem nunca conseguiu esquecer. Na festa, o ex a chama para dançar e, de repente, some. Em seguida, o atual namorado retorna com duas taças de bebida.
Aline também foi só elogios à fotografia do clipe, a qual descreveu como “maravilhosa”.
Encaminhando para o terceiro álbum, o qual ainda preferiu não revelar o nome, Aline não esconde a empolgação. Com uma pegada mais pop, ela afirma que o disco não seguirá apenas um ritmo e busca influências em todos os gêneros.
— Um disco tem que ter curvas!
Um dos motivos para a empolgação é que tudo está diferente, desde o processo de gravação às novas participações na composição das músicas e na produção, como a de Dudu Marote – quem admira muito. E são estas novidades e surpresas que a motivam na nova empreitada, além de assumir a pegada rock e menos MPB dos discos anteriores.
Rock e funk na playlist
Apesar de veterana dos estúdios de gravação, ela sente o gostinho de “tudo novo” e ainda comenta entre risadas que parece estar sempre no começo, por mais discos que tenha lançado.
Sobre o rock, Aline revela que pensa em uma bateria mais agressiva, mas não em todas as faixas, e conta como está encarando o processo.
— É uma evolução musical pra mim, de entrega com a parte vocal.
A bela acrescenta a “pegada rock” na forma de cantar, assumindo todas “sujeira” e os ruídos da voz. Também podemos esperar muitos timbres e inovações tecnológicas, segundo Aline.
Além disso, explica que como cantora ouve de tudo e não tem preconceitos. Do rock aos ritmos mais brasileiros, como berimbau e cuíca, a cantora fala que escuta até funk e gravaria, sim, uma música do gênero com novos arranjos – como fez delicadamente com a canção de Hebert Vianna, Mensagem de Amor.
— Gosto de funk carioca, tem essa coisa dançante. Tem tanta coisa bacana no funk, fala do que o Brasil está vivendo.
E por estar gravando um disco pop, Aline conta que tem escutado muitas coisas diferentes, principalmente com as facilidades musicais. Perguntada sobre os alguns artistas que circulam pela sua playlist, ela logo dispara que “são tantos”! Mas, ainda assim, revela nomes como Bruno Mars, Lorde, Maroon 5 e Selah Sue.
— Tudo o que você ouve vira influência musical, até o que o que você não gosta.
Para ela o que vale é escutar de tudo, ainda mais em sua profissão. Aline defende que cada gênero tem sua “riqueza”. Ao mesmo tempo, não nega as preferências e revela com quem tem muita vontade de realizar uma parceria musical: Lenine, Steve Wonder, Seu Jorge e Maria Rita são alguns deles.
Arte: herança de família
Filha da atriz Angelina Muniz, Aline preferiu os palcos da música aos do teatro e revela de onde vem o gosto pela música.
— Acho que da minha mãe mesmo. Ela me mostrou Elza Soares, Eliz Regina, Maria Bethânia. E falava: ‘Ouve as mestres’
Mas a mãe não lhe mostrou só as “mestres” brasileiros, a música clássica também chegou aos seus ouvidos. Pela casa os quadros e outras formas de arte também contribuiriam para a inclinação à música. Porém, a mãe nunca a vetou de nada e deixou que a filha seguisse aquilo que queria.
— Ela incentivou culturalmente, mas nunca direcionando para o seguimento dela. Se eu quisesse ser dentista, por exemplo, ela teria me ajudado a abrir um consultório.
Desde pequena, quando ainda frequentava as aulas de teatro, Aline carregava um caderninho de anotações – hábito que continua até hoje em forma de iPhone ou iPad, como ela mesma afirma.
A maior parte de suas canções nasceu dessas folhas de papel, mesmo que com algumas alterações aqui e ali. O incentivo para usar as composições veio do marido, Marco de Vita, que, fuçando entre os papéis, pensou em dar ritmo às palavras de Aline. Dito e feito: Sai Dessa e Pra Você Sambar são algumas das canções “lapidadas” pelo marido. Depois disso, ela dá a dica:
— Eu continuei escrevendo coisas novas. O negócio é não desistir de suas anotações!
Mas sobre o que a cantora escreve e quais são as suas inspirações? Aline responde na hora: o ser humano e as suas relações. Seja o relacionamento entre amigos ou amores, em todos os casos a cantora encontra uma história que daria uma bela música, e revela que nem sempre se baseia na própria vida para escrever.
— Nem sempre escrevo sobre o que estou passando. Já escrevi sobre o que estava acontecendo na vida de uma amiga. Adoro ouvir histórias, acho que o relacionamento de todo mundo me interessa.
Aline Muniz no Show de Inverno da Alpha
Quando: Domingo (3), às 16h
Onde: Praça Victor Civita (Rua Sumidouro, 580, Pinheiros – SP)
Quanto: Grátis
Informações: pracavictorcivita.org.br
* Colaborou Francielly Kondama, estagiária do R7