Guns N' Roses tocaram para 10 mil pessoas nesta quinta-feira no Rio
Felipe Panfili/AgNewsAxl Rose e banda subiram ao palco com quase duas horas de atraso
Felipe Panfili/AgNews
Vinte e três anos depois de sua primeira visita ao Rio de Janeiro, em 1991, o Guns N' Roses provou que a força do seu repertório e o carisma do vocalista, Axl Rose, ainda são capazes de acalmar e cativar milhares de fãs.
Cerca de 10 mil pessoas estiveram nesta quinta-feira, dia 20, na HSBC Arena, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para ver a estreia da turnê brasileira do grupo em 2014.
Sem arrependimentos!
Ao som dos clássicos da banda, o público fiel engoliu a impaciência e esqueceu as quase duas horas de atraso para o começo do show. Marcada para começar às 22h, a apresentação só teve início às 23h50, com Chinese Democracy (2008), faixa título do último CD do GNR. Depois vieram Welcome to the Jungle, It’s so Easy e Mr. Brownstone, do álbum Appetite For Destruction (1986), primeiro e mais elogiado trabalho do grupo. Foi a deixa para a multidão cantar as músicas do começo ao fim sem sequer perceber as limitações de Axl Rose, versão 2014. Não foi só o peso que mudou.
A voz, que atingia notas tão altas, hoje também não é mais a mesma. Nem consegue os mesmos tons. Mas, quem se importa? Na atual fase, o Guns N' Roses coloca em prática tudo o que aprendeu com bandas como o Kiss.
As plateias brasileiras, que verão os shows em outras oito capitais do país, podem esperar por muita pirotecnia, luzes e telões de alta definição e muito virtuosismo da banda que acompanha Mr. Axl Rose.
Os guitarristas DJ Ashba, Richard Fortus e Ron “Bumblefoot” Thal; o baixista, Tommy Stinson; os tecladistas, Dizzy Reed e Chris Pitman e o baterista, Frank Ferrer, dominam seus instrumentos e executam as canções com extrema competência. Além disso, aparecem muito bem em seus momentos solo.
Bumblefoot, por exemplo, tocou o Hino Nacional Brasileiro e foi ovacionado, antes de dedilhar os acordes iniciais de Don’t Cry (1991). Ao todo, Axl Rose & Cia tocaram 19 músicas, com destaque para os covers de Live and Let Die (Wings) e Knocking on Heaven’s Door (Bob Dylan), de 1991. Além das inesquecíveis November Rain (1991), Patience (1988) e Sweet Child O’ Mine (1986), que fizeram o público esquecer a qualidade do som (embolado em alguns momentos) e curtir cada segundo das cerca de 2h20min de show. Ao encerrar com Paradise City (1986), o Guns and Roses reafirmou sua condição de banda “eterna” para os fãs que compareceram ao primeiro show da turnê.
— Já fui a shows melhores do Guns. Mas, tudo bem, esse também vai ficar na memória. Me diverti muito, concluiu o advogado Leonardo Cardoso, de 37 anos, que acompanhou as várias mudanças pelas quais passou a banda.
Ele é um dos que sente falta de Slash, Duff, Izzy e outros integrantes que marcaram a história do grupo. Mas, para ele, Axl Rose continua lá e isso basta para manter viva a lenda.
Minas Gerais será a próxima escala do GNR. A banda se apresenta em Belo Horizonte neste sábado (22), na Esplanada do Mineirão.
A julgar pelo público carioca, o Guns N' Roses não terá trabalho para transformar a turnê de 2014 em sucesso e, mais uma vez, encantar seus “seguidores”.
Seja fazendo um show inesquecível, seja fazendo um show competente (nota 7) como o da estreia... O jogo já está ganho. Definitivamente, os fãs não mudam!
Outras datas da turnê do GNR no Brasil:
25/03 – Ginásio Nilson Nelson – Brasília (DF)
28/03 – Parque Anhembi – São Paulo (SP)
30/03 – Estádio Durival Britto – Curitiba (PR)
01/04 – Music Park – Florianópolis (SC)
03/03 – Pavilhão da Fiergs – Porto Alegre (RS)
15/04 – Chevrolet Hall – Recife (PE)
17/04 – Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza (CE)