Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Ingressos para principais festivais de música no Brasil até o fim do ano custam no mínimo R$ 4 mil

Nos últimos meses de 2022, acontecem eventos voltados ao rock, rap, além da primeira edição do famoso Primavera Sound

Música|Pedro Garcia, do R7

Brasil terá 13 grandes festivais de música até o fim de 2022
Brasil terá 13 grandes festivais de música até o fim de 2022 Brasil terá 13 grandes festivais de música até o fim de 2022

Os últimos meses de 2022 prometem agitar o cenário cultural brasileiro com diversos festivais de música. O país, que já recebeu eventos como o Lollapalooza e o Rock in Rio, ainda vai sediar festivais para diferentes tipos de público, com foco em rock, rap, música nacional e o famoso Primavera Sound, de origem espanhola. Para ir aos principais eventos desse formato, uma pessoa teria que desembolsar pelo menos R$ 4 mil.

Ao todo, são 13 grandes festivais que acontecem no Brasil até o final do ano. Os eventos serão realizados em 6 estados diferentes: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. Dois deles acontecem já neste final de semana: o Coala Festival, em São Paulo, e o Festival GiraSol, em Teresina.

Caso alguém deseje ir a todos esses festivais, o valor mínimo que a pessoa irá gastar apenas com os ingressos é R$ 4.073. Esse montante considera o ingresso mais barato disponível para o público geral na data de publicação desta reportagem, sem considerar meia-entradas para estudante e idosos, por exemplo.

Não foi considerada a taxa existente para a compra dos ingressos online ou o deslocamento necessário para ir aos eventos. Em festivais que acontecem durante mais de um dia, foi considerado o ingresso mais barato para apenas um dos dias.

Publicidade
Veja quando custa ir a todos os festivais de música no Brasil até o fim de 2022
Veja quando custa ir a todos os festivais de música no Brasil até o fim de 2022 Veja quando custa ir a todos os festivais de música no Brasil até o fim de 2022

Este ano contou com uma forte presença de festivais de música realizados em todas as regiões do Brasil, seja com artistas locais ou grandes nomes internacionais. O produtor técnico Dani Pires explica que a pandemia da Covid-19 é um dos motivos que causou essa concentração de shows em um ano só.

Além dos eventos que foram marcados originalmente para 2022, também havia os que aconteceriam nos últimos anos, mas tiveram que ser cancelados pelas medidas de distanciamento social. O produtor também explica que grandes marcas, que costumam fazer ações e patrocinar festivais, ficaram com o caixa parado por quase dois anos, então tinham dinheiro para investir. Além, é claro, da grande demanda reprimida do público.

Publicidade

"A pandemia fez todo mundo repensar a vida e a sua e a sua motivação de viver. A volta dos eventos permitiu que esse sentimento das pessoas também fosse extravasado. Foi necessária a realização desses eventos para que as pessoas também pudessem desaguar os sentimentos, a vontade de estar junto", diz Pires.

A produtora editorial Larissa Basilio foi ao Lollapalooza este ano e já está com os ingressos comprados para o Popload e o Primavera Sound, que acontecem em outubro e novembro, respectivamente.

Publicidade

"Depois da pandemia, valorizei ainda mais a experiência de ir a shows, estar perto dos artistas que eu gosto e ouvir as músicas ao vivo. Sempre gostei muito de música, mas isso ganhou uma potência ainda maior depois que passei dois anos enfurnada dentro de casa", diz ela.

Na visão do produtor, é por esse motivo que o público desembolsa uma grande quantia de dinheiro para ir a um ou mais festivais, mesmo que essa diversão envolva viagem para outros estados. O preço dos ingressos e o custo de alimentos e bebidas dentro desses espaços é um fator relevante quando se fala sobre esse assunto.

Pires explica que a explicação pelo preço elevado dos ingressos é alta do dólar. "O dólar alto impacta em tudo. Shows internacionais são tabelados pelo dólar. Mas não é só o cachê dos artistas, fornecedores que vão colocar equipamentos no festival, como som, iluminação e projeção em painel de LED, também seguem a tabela em dólar", detalha.

Mesmo com o alto preço dos ingressos para festivais, Larissa Basilio diz que enxerga um custo-benefício em ir a esses eventos, pois não precisa comprar vários ingressos para shows individuais. "O que mais me motiva para festivais é conseguir o maior número de atrações que quero ver e, com a curadoria do festival, conhecer outras bandas que posso acabar gostando", fala.

Para o produtor técnico, a realização de festivais este ano é um ponto importante para a retomada do mercado de entretenimento. "Foi o primeiro mercado que parou e o último a voltar. Então, várias empresas fecharam e vários fornecedores de desistiram. É fundamental que a gente tenha bastante evento para aquecer de novo esse mercado, para gerar emprego e para que as empresas tenham giro e consigam se capitalizar novamente e para que o setor inteiro de cultura, principalmente de música, se refaça", diz.

Porém, Dani Pires também ressalta a importância dos festivais de música para o cenário cultural do Brasil. Ele garante que esse tipo de evento coloca o público em contato com grandes artistas internacionais e nacionais, mas também leva cantores e banda locais para outros cantos do país.

"O lucro não é só monetário. Não é só uma questão do dinheiro que entra para cada produtor e produtora de eventos, é também o ganho de cultura em geral que o país tem", conclui.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.