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Cronista das ruas de São Paulo, Thaíde analisa suas letras em livro e relembra: "O rap foi minha escola"

Cantor também já gravou um novo CD solo

Pop|Daniel Vaughan, do R7

Thaíde prepara autobiografia para 2017
Thaíde prepara autobiografia para 2017 Thaíde prepara autobiografia para 2017

Thaíde é um dos grandes compositores da música brasileira. Ao lado de DJ Hum, o cantor fez história no hip hop e influencia até hoje uma legião de jovens por meio da sua carreira solo.

A trajetória do rap se confunde com a vida de Thaíde, que registra em crônicas afiadas tudo o que observa desde os anos 80.

Para provar sua importância na poesia urbana, basta conferir o livro Thaíde: 30 anos Mandando a Letra (Novo Século).

Na obra, ele seleciona 30 letras que, como o próprio rapper disse, foram escolhidas pelo significado e não pelo sucesso.

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Além disso, Thaíde está preparando uma autobiografia, gravou um novo CD solo e ainda mantém o trabalho de repórter na TV.

Para saber mais, o R7 conversou com o mestre das rimas. Leia!

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R7 — Como surgiu a ideia do livro?

Thaíde — Quando você gosta de uma música, às vezes, algumas palavras passam batido. O fã acaba até entendendo outra coisa... Então, quando você ler esse livro, irá entender melhor as letras e vai acabar gostando até mais das músicas. O livro veio em um bom momento, porque tinha gente que sempre me perguntava sobre determinadas letras.

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R7 — Como você escolheu as letras entre cerca de 100 composições?

Thaíde — Foi difícil escolher as 30 canções. Mas não peguei pelo sucesso, foi mais pelo significado. Então, o bacana é reparar nas histórias que estão por trás das letras.

R7 — Foi emocionante relembrar as composições do início de carreira?

Thaíde — Era uma outra época. Mas relembrar de como era aquele tempo, de como começamos (com DJ Hum), é muito satisfatório. É muito bom saber que, tanto tempo se passou, mas ainda existe um interesse dessa obra estar em um livro. É motivo de orgulho para mim.

R7 — Quais foram as letras mais velhas que entraram no livro?

Thaíde —Consciência e Homens da Lei são as mais antigas, de 86, 87... E Hip Hop Puro é a mais nova, lançada neste ano. Então, são 30 anos desde que elas foram gravadas. Eu consigo contar minha trajetória através das músicas.

R7 — Quando você descobriu que escrevia bem? Você era um bom aluno ou fazia boas redações?

Thaíde — Eu estudei pouco, só tenho até a 3ª série primária, então meu desenvolvimento foi através da cultura do hip hop. Na época, não sabia me expressar direito, não sabia escrever bem... Porém, o rap me ensinou que é importante a gente se desenvolver, foi minha escola. Eu comecei dançando break nas ruas de São Paulo como b-boy, mas a transição para fazer rap foi natural. Quando eu me dei conta que eu poderia transformar algumas coisas em crônicas no papel, eu já tinha uma meia dúzia de letras escritas. 

R7 — Quais são seus letristas preferidos?

Thaíde — Não tenho apenas um compositor preferido, porque existem muitos caras bons. Mas curto o jeito de escrever do Mano Brown, Gog, Criolo e Rapadura. Já na MPB temos nossos clássicos Caetano e Gil, além da nova geração com Seu Jorge, Rael e Ellen Oléria. E ainda tem mais rap com Emicida, Projota... Cada dia que passa aparece mais um!

R7 — Além do livro de letras, quais são as outras novidades que você pode adiantar?

Thaíde — Ano que vem eu vou lançar uma biografia que já estou escrevendo com o Gilberto Yoshinaga (jornalista que também foi parceiro em Thaíde: 30 anos Mandando a Letra). Temos meio caminho andado. Este ano vou lançar o meu disco novo, Vamo que Vamo que o Som não Pode Parar. São dez faixas inéditas. É difícil falar do próprio trabalho, mas eu posso dizer que continuo mantendo minha essência e mandando minha mensagem.

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