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Fazer arte é importante, e dá até pra usar o guardanapo. Esse é o mundo de Tim Burton

Cineasta está no Brasil para abertura de exposição em SP e, claro, curtir o carnaval

Pop|Diego Junqueira, do R7

Você já deve ter visto algum filme do Tim Burton. Se tem 20 e poucos anos, Noiva Cadáver deve ter passado à sua frente vinda do mundo de lá. E quem é um pouco mais velho se lembra de outros personagens estranhos e “trashs”, como em Os Fantasmas Se Divertem, Edward, Mãos de Tesoura e O Estranho Mundo de Jack.

Com sua mistura de comédia e terror, o mundo de Tim Burton é uma viagem — e também um passeio para quem estiver em São Paulo.

Até 15 de maio, o MIS (Museu da Imagem e do Som) recebe a exposição “O Mundo de Tim Burton”, que mostra o lado de dentro do cineasta norte-americano, o do processo criativo.

“Os objetos da exposição não foram feitos para serem expostos. Eram só ideias que eu tinha”, conta Burton, durante entrevista nesta quarta-feira (10) em São Paulo.

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São rascunhos, desenhos e pinturas de uma mente que “não para”, como ele próprio admite. Objetos caçados pela curadora Jenny He “durante anos”, já que Burton não acha “nem as próprias cuecas” em casa.

Entre os achados estão desenhos e anotações feitas em guardanapos de papel.

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“Acho que eu passo muito tempo em bares”, explica-se, despertando risadas na plateia de jornalistas.

— [Os guardanapos são] para mim uma forma de expressão. É uma forma de eu me comunicar, não com as outras pessoas, mas comigo mesmo, sobre meus próprios sentimentos e emoções.

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Burton chegou ao País em pleno carnaval e aproveitou, pela primeira vez, da festa brasileira. Antes de vir a São Paulo, esteve no Rio de Janeiro cumprindo a agenda Sapucaí-praia.

— Participar do carnaval no Rio foi uma experiência incrível. Essa cultura de arte, a paixão, a beleza, me deixou muito surpreso, então fiquei muito feliz. (...) Parece que eu estou em casa, tenho uma empatia muito grande e só estou há dois dias no Brasil.

Mais de uma vez, Burton se diz “inspirado” pelo Brasil, mas não só pelo carnaval. Ele elogia os grafites e murais das ruas, "tudo o que está em volta", além dos filmes do Zé do Caixão, a quem gostaria de conhecer.

— Eu cresci assistindo a esses filmes estranhos, "trash", que é o tipo de filme que eu faço.

Inspiração que está presente também na mostra em sua homenagem.

— Eu venho de Burbunk, na Califórnia, onde as pessoas são mais rígidas, mais duras, e vocês são abertos e criativos, e é por isso que eu gosto dessa exposição aqui. (...) Eu pude perceber [isso] no modo de apresentação da exposição, e o cunho artístico que eles colocaram na montagem. É como se fosse uma casa maluca [de um parque de diversões]. Meu maior elogio é quando as crianças olham pra exposição e falam: “Se ele consegue, eu também consigo fazer”. (...) Mesmo que você não se considere um artista, apenas fazer arte é muito importante, seja um livro, uma música, qualquer coisa.

A exposição fica no MIS até 15 de maio: de terça à sexta-feira, das 10h às 20h; aos sábados, das 9h às 21h; e aos domingos e feriados, das 11h às 19h. A entrada é gratuita às terças-feiras. Nos outros dias, os preços são variados.

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