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Mais uma vez os brasileiros foram alvo de um bloqueio coletivo na internet. Nesse novo episódio, o Grammy proibiu que internautas do país interagissem na página do Facebook da premiação e participassem de votações no site do concurso Grammy Amplifier, que tem como objetivo revelar novos artistas.
A atitude foi tomada após a criação de uma campanha para apoiar a cantora Inês Brasil no Amplifier. A mobilização deu tão certo, que as visualizações do vídeo Make Love atingiram mais de 700 mil visualizações, o que coloca a funkeira na posição de artista mais bem posicionado nessa competição
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Porém, quando a página oficial do Grammy é acessada por nós no Facebook, aparece a seguinte mensagem: "O link que você seguiu pode ter expirado, ou a página pode estar visível apenas para um público no qual você não está incluído." Ou seja, brasileiros estão banidos do Grammy. No perfil de Inês no Grammy Amplifier, a mensagem é mais direta (e severa): "Acesso negado: você não está autorizado a acessar essa página".
Grammy bloqueia página no Facebook para brasileiros após mobilização para Inês BrasilDivulgação
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Mas essa não é a primeira vez que os brasileiros incomodam os gringos com um misto de zoeira sem limites e falta de noção na internet. Mark Zuckerberg, presidente-fundador do Facebook, volta e meia tem posts antigos redescobertos e invadidos por brasileiros. Uma publicação de 2012 que anunciava o matrimônio dele com Priscilla Chan, por exemplo, começou a ser bombardeado em 2014 com mensagens bem humoradas, memes e fotos aleatórias, como a do ex-presidente Fernando Collor de Melo
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A invasão no campo de comentários não tem motivação conhecida, mas incomodou tanto Zuckerberg que ele resolveu bloquear comentários no perfil durante alguns dias
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Não é à toa que o criador do Facebook optou por proibir preventivamente nomes incomuns dos brasileiros na sua rede social. O caso rendeu polêmica, já que muitas pessoas realmente têm a infelicidade de pertencer a famílias como Piroca e Fuck. E Mark não tem uma boa relação com os brasileiros há muitos anos. Eduardo Saverin, co-fundador do Face, rompeu com o amigo e hoje eles não se falam mais. Coincidência?
Fãs se mobilizam e Inês Brasil ganha destaque em concurso do GrammyDivulgação
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Por conta desse comportamento, grande parte dos brasileiros são indesejados e até mesmo bloqueados em sites, comunidades e jogos online. Na gíria da internet, o perfil zoeiro dos internautas é conhecido como "huehue br" (mistura da forma de rir nas redes com a sigla que representa o país)
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Nos jogos online, os brasileiros vão além da zoeira das redes sociais. Segundo o desenvolvedor de games Isaac Cobb, nós agimos como "verdadeiras gangues" que praticam assaltos e arrastões virtuais, além de chantagear outros jogadores para que eles liberem dinheiro, itens e armas especiais para que não sejam reportados e consequentemente banidos
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Mendigos virtuais e pedintes criativos são as outras maneiras como os brasileiros são conhecidos no segmento de jogos online. Quando são acusados de exagerar no comportamento, geralmente o huehue br acusa os gringos de serem racistas. Com essa atuação, servidores e jogos do mundo inteiro já baniram os brasileiros de forma coletiva. Mas não adianta muito, pois eles sempre encontram uma forma de burlar o bloqueio
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Para garantir melhor rankeamento nos jogos, algumas pessoas chegam a contratar gamers profissionais para se passar por eles. A conduta, conhecida como elo-boosting, viola os termos do jogo e resulta em banimento das contas, é claro. Esse caso específico pode se encaixar no tradicional "jeitinho brasileiro"
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Mas é preciso questionar se todo esse incômodo dos gringos não passa apenas de um choque cultural intenso. Em algumas atitudes, todo esse exagero do brasileiro na internet realmente pode ser irritante. Mas, às vezes, não passa de humor escrachado. O que os estrangeiros nunca questionaram é o seguinte: será que tem muita gente levando a internet, os jogos e as redes sociais a sério demais?
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