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É normal ouvir detalhes sobre os benefícios de curtir o Lollapalooza na Argentina ou no Chile. Mas nem tudo o que se diz sobre esse assunto é verdade. Cada uma das versões sul-americanas tem suas particularidades. E com o dólar mais alto e o real desvalorizado, já não compensa tanto assim sair do País para ver o Lolla em um dos nossos vizinhos (a menos, claro, que você queira muito viajar atrás de novas experiências). De qualquer maneira, listamos os prós e contras de cada uma das edições para desvendar os mitos disseminados pelos frequentadores do festival
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Vamos começar pelo valor dos ingressos. No último ano, o dólar passou por uma valorização no mundo todo e em especial no Brasil. Sendo assim, nossa moeda perdeu poder de compra e os preços das três edições ficaram equiparados. Embora no Chile alguns bilhetes ainda sejam mais baratos, a diferença é irrisória e o país não oferece a meia entrada. Por lá, o Lollapass (que dá direito para os dois dias custou R$ 622 na venda convencional). No Brasil, o preço é R$ 660. Já na Argentina foi um pouco mais em conta, R$ 474. O Lolla Lounge no Chille custava R$ 1,193, ante R$ 1,287 na Argentina e R$ 1,130 no Brasil
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Quanto às atrações, o campeão é o Chile. O festival por lá reuniu 30 nomes a mais e seis palcos, enquanto aqui são apenas cinco. E olha que eles tiveram shows que farão muita falta na nossa edição, como Kings of Leon, Chet Faker e Cypress Hill (que tocou por aqui em apresentação solo). Porém, no Brasil e na Argentina, temos uma atração que não pisou no Chile: Pharrell Williams, o que agrega muito valor ao festival
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Localização e horários são assuntos que sempre vem à tona quando o assunto são shows de grande porte e festivais. E não é diferente com o Lolla. Por aqui, o evento agora ocorre no Autódromo de Interlagos, na periferia da zona sul. Embora haja estação de trem próxima ao circuito, linhas de ônibus abundantes e vias que ligam o centro ao local, o bairro é distante e pessoas que moram em extremos opostos, com as periferias das zonas norte e leste, além do ABC, correm o risco de não conseguir fazer baldeações até suas casas. Em 2015, os shows vão terminar às 23 horas, o que minimiza em parte esse transtorno.
No Chile, o festival é realizado no Parque O'Higgins, que fica no centro de Santiago e em frente a uma estação de metrô. Nos dias de show, o funcionamento do transporte é ampliado. Na Argentina, os shows acontecem no Hipódromo de San Isidro, cidade da região metropolitana de Buenos Aires. O transporte por lá não costuma ser fácil e pegar um ônibus fretado de volta para a capital pode custar até R$ 100Divulgação
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Já o consumo é um caso à parte. Em todas as edições há reclamações em relação ao preço e qualidade dos alimentos vendidos. Mas isso é um fato comum em quase todos festivais do mundo que, assim como o Lolla, vem tentando melhorar esse aspecto com a inclusão de food trucks e maior variedade de pratos e lanches. Porém, quem foi ao Lolla da Argentina e não está acostumado com os padrões do país, possivelmente se assustou ao saber que só é possível consumir cerveja em uma área reservada da marca de bebida que patrocina o Lolla local. No meio da galera, impossível
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As proibições do pau de selfie e do guarda-chuva no Brasil já são do conhecimento de quase todo mundo. Porém, no Chile e na Argentina eles foram permitidos
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Ok, vivemos uma crise hídrica. Mas isso é motivo suficiente para que na edição chilena a água seja liberada gratuitamente e por aqui ela seja cobrada? Pois é, por lá é possível reabastecer garrafas na faixa em postos do Lollapalooza. O Roskilde, na Dinamarca, e o Wacken, na Alemanha, são outros dois festivais que permitem o consumo de água gratuitamente
Saiba quais são as atrações imperdíveis do Lollapalooza 2015Getty Images
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A questão da experiência é diferente entre as três edições. As versões argentina e chilena reúnem mais crianças em todos os palcos e áreas comuns e não só no temático Kidzpalooza. No Chile, os cachorros de rua dão um show à parte e invadem o espaço sem a menor cerimônia. Mas calma, eles são limpos e mansos, pois a população costuma tratá-los bem. Lá dá até para adotar um deles oficialmente. Por aqui, a diferença está no Lolla Mangos, que é a moeda oficial do evento, criada para diminuir filas e tempo de espera
Lollapalooza 2015: Nove dicas para você curtir o festival e não se estressarEdu Enomoto / R7