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Raphael Guerra, de 25 anos, roadie da banda Dead Fish, foi acusado de agressão pela ex-namorada, a auxiliar administrativa Miriam Barca, de 33. Em recente entrevista ao Cidade Alerta, Miriam afirmou que o músico avançou sobre ela com a tentativa de matá-la, e que ele teria ainda tentado a estuprar. Em conversa com R7, na quarta-feira (27), Raphael negou os ataques e ainda afirmou que vem recebendo ameaças de morte de pessoas de todo o País.
— A minha vida virou um inferno. Recebi por volta de 500 mensagens sendo ameaçado de morte, perdi meu trabalho, não posso sair na rua. Estou bem abalado. Sempre fui um cara tranquilo, nunca tive problema nenhum e nem com ninguém, nunca me envolvi em briga nenhuma, e de repente sou tachado de estuprador, tachado de assassino
Acesse o R7 Play e assista à programação da Record quando quiserMontagem/R7
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O caso relatado por Miriam e confirmado por Raphael aconteceu no último dia 16 de setembro, na casa da auxiliar administrativa onde o roadie mora com Miriam há cerca de nove meses. Raphael disse que naquele dia eles acordaram, tomaram café e logo após foi a um supermercado comprar um chocolate para ela.
— Foi um dia tranquilo, como sempre foi, até o momento que eu sai para comprar chocolate e quando voltei ela estava com o meu celular na mão. Ela leu uma conversa que eu tive com uma amiga, em que eu estava desabafando, falando que não estava mais feliz nessa relaçãoReprodução/Facebook
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Raphael contou que a relação entre eles não ia bem há três meses. Ele disse que procurava guardar com ele seu descontentamento justamente para evitar brigas.
— Eu sempre fui guardando, sempre fui um cara que ouvia as coisas e tentava apaziguar, nunca fui de brigar, de discutir. A gente nunca teve discussão, nunca aumentávamos o tom de vozReprodução/Facebook
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De acordo com Raphael, Miriam teria ficado "histérica" com a mensagem, tendo partido para cima dele.
— Ela pegou meu celular e destruiu ele. Começou a gritar, a me mandar embora. A gente estava na cozinha e eu tentei acalmá-la. Mas ela veio em cima de mim e me deu uma surra, me bateu bastante. Depois disso, ela subiu para o quarto e pegou meu videogame e já ia quebrar, disse que iria destruir tudo que era meu. Nesse momento eu segurei ela. Nós perdemos o equilíbrio e acabamos caindo na camaReprodução/Facebook
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E Raphael seguiu em seu relato.
— Depois que a gente caiu na cama, eu olhei para ela e disse: 'meu, é sério que isso está acontecendo? Sério que a gente está passando por isso? Olha como eu estou, você acabou de me bater. E ela começou a ficar um pouco mais calma e nesse momento dei um beijo nela. Disse que gostava dela pra caramba. Ela me respondeu esse beijo e segundos depois ela grudou na minha boca e mordeu. Ela não esboçava em momento algum que ia largar. Foram uns dez segundos, só que foram os piores dez segundos da minha vida. Foi uma dor muito intensa, ela tentou arrancar o meu lábio foraReprodução/Facebook
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Ao Cidade Alerta, Miriam alegou que o ex-namorado tentou matá-la.
— Eu dei a mão para a morte, eu cheguei a perder os sentidos duas vezes. Ele tentou me matar. Não foi assim uma simples agressãoReprodução/Facebook
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Miriam usou as redes sociais para mostrar a marca de agressão que ficou no pescoço
Reprodução/Facebook
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Raphael, por sua vez, mostrou as dele. Um arranhão no canto esquerdo no rosto
Arquivo Pessoal
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O que seria a marca da mordida de Miriam no lado interno dos lábios
Arquivo Pessoal
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O músico admitiu que pegou no pescoço da auxiliar administrativa, mas negou ter intenção alguma de matá-la ou estuprá-la.
— Como a gente estava boca com boca, um do lado do outro, a gente não tinha ângulo. Eu não conseguia fazer movimento para sair de perto dela. A única reação minha no automático foi apertar o pescoço dela. E no momento que ela me largou eu sai de perto dela, imediatamente. Em momento algum eu tentei matá-la, em momento algum eu tentei estuprá-la, não foi nada disso que ela relatouReprodução/Facebook
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Miriam disse ainda ao programa da Record que ficou desacordada por duas vezes. Raphael se defendeu.
— Isso é mentira. Em momento algum ela ficou desacordada. Para se ter uma ideia, nem com as duas mãos eu peguei no pescoço dela. Em momento algum ela desacordouReprodução/Facebook
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O músico contou à reportagem que está abalado com toda a história, principalmente no que diz respeito as ameaças de morte que vem recebendo de pessoas anônimas
Reprodução/Facebook
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As ameaças só foram possíveis porque Miriam publicou o número do celular de Raphael nas redes sociais
Arquivo Pessoal
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O roadie mandou alguns prints que comprovariam os avisos
Arquivo Pessoal
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Em um deles, um usuário diz que irá "caçar" Raphael
Arquivo Pessoal
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Outro intimida.
— NÃO PASSARÁ! Vai pagar pelo que fez, espancadorArquivo Pessoal
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Diante do fato, a banda Dead Fish publicou no perfil oficial da banda um comunicado anunciando o afastamento do roadie da banda
Reprodução/Facebook
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Durante entrevista, Raphael contou que Miriam tomava remédios controlados desde 2015. Segundo o roadie, seriam medicamentos para o tratamento de depressão e bipolaridade.
— Ela era uma pessoa que não gostava de sair para a rua, a gente saia, ia ao mercado, no centro, em 15 minutos ela já queria voltar para casa. Ela odiava pessoas, odiava senhoras de idade, ela ficava totalmente irritada porque eu dava bom dia para as pessoas. Eu dizia que eu era assim, que esse era o meu jeitoReprodução/Facebook
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Miriam havia parado de tomar os remédios duas semanas antes do fato, afirmou Raphael.
— O remédio já estava acabando, ela me disse que não queria mais tomar medicamento nenhum, que queria procurar uma alternativa para seu problema que não fosse artificial. Tanto é que no áudio que apareceu no Cidade Alerta eu apareço sugerindo que nós fizéssemos algum tipo de atividade física justamente para liberar endorfinaReprodução/Facebook
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De acordo com Rafael Moia, advogado do músico, o caso está no 3º DP de Santo André.
— No momento a gente está aguardando as provas e esperando o final do inquérito. Tem muita coisa para acontecer ainda. Isso entra como crime de ordem de internet, calúnia, um monte de coisa. Só mesmo na hora que for constatado é que a gente pode fazer alguma coisaReprodução/Facebook
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O R7 ligou para Miriam, mas ela não quis dar entrevista. A auxiliar administrativa disse que não pretende mais falar em público, que vai aguardar o resultado da Justiça
Reprodução/Facebook