Compadre Washington ficou famoso nos anos 90 ao fazer a segunda voz do grupo É o Tchan!. Anos depois de liderar as paradas das rádios brasileiras, ele voltou a encantar o público com seus maravilhosos bordões. Ex-participante da Fazenda e garoto propaganda de uma loja virtual, o cantor se tornou o "guru do axé" mesmo sem saber de nada, inocente. A "famosidade" é tanta que suas frases foram incorporadas em um aplicativo gratuito para celular. Confira a entrevista exclusiva que ele deu para o especial de 30 anos de Axé do R7
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Tchu tchu tchu pá
A primeira vista esse
conjunto de sons não faz sentido nenhum, mas Compadre Washington conta
que eles foram muito importantes nas apresentações do É o Tchan!
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— Eu sou a segunda voz do grupo e todo mundo sabe que o Beto Jamaica comanda os vocais. Às vezes, estava cantando nos shows e esquecia parte das letras. Para não deixar um espaço vazio, eu ficava cantando baixinho para ajudar o Beto "Tchu tchu tchu pá"
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A nova frase do sábio "Toma distraída" nasceu de um acidente.
— Eu estava com o pessoal do É o
Tchan em um camarim aguardando a hora do show quando uma bailarina tentou sair
do local. Como a porta do camarim era ao contrário, ou seja abria pra dentro, a
moça acabou batendo a porta na cara. Ao ver isso eu disse “tome distraída”
Montagem R7
Sabe de nada, inocente O bordão que se tornou uma febre nacional foi criado pelo músico durante uma gravação publicitária. Convidado para estrelar um comercial de um site de vendas, ele criou a frase de improviso
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— Essa propaganda foi uma coisa de Deus. Na hora da gravação não tinha nenhum texto escrito então o diretor me pediu para ficar a vontade e dizer o que eu quisesse. Do nada, saiu o bordão ´sabe de nada, inocente´. Ele adorou. É o bordão do século!
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Eu gosto mutcho
As mulheres são tema constante das letras e pensamentos do músico. Compadre Washington conta que "eu gosto mutcho" é mais uma homenagem às mulheres brasileiras. Ele também revela que criar frases sempre foi um talento especial dele
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— Sou um cara tranquilo e, às vezes, fico matutando sentado em um cantinho ouvindo o que as pessoas estão dizendo. Do nada, levanto e jogo uma frase como essa. Sempre falo em voz alta algum pensamento ou uma frase quando estamos saindo para fazer um show
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Que abundância
Ao eternizar a frase "que abundância", o músico voltou a fazer elogios ao corpo feminino. Como esta frase sozinha não precisa de muita explicação, ele contou ao R7 que muitos dos seus bordões são inspirados na cultura da sua terra natal, a Bahia
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— A gente tem um modo muito particular de falar na Bahia. Algumas expressões são tão diversas que fazem parte de um dialeto próprio, o "baianês"
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Ordinária!
A expressão já foi motivo de uma representação que modificou um comercial estrelado pelo Compadre Washington. No ano passado, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) pediu que a frase “vem, ordinária” fosse retirada da propaganda do site bomnegocio.com, mas depois essa decisão foi revertida na Justiça
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"Nunca quis ofender as mulheres. Muita gente no Brasil achou que "ordinária" era uma ofensa, mas esse também é um modo de falar usado em Salvador. Quando coloco estas frases nas músicas faço isso para celebrar nossa cultura regional", explicou o cantor ao se defender da polêmica
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Assim você vai matar papai
Outra frase que diz tudo por si só foi mote do fim da conversa dele com o R7. — Sempre busco uma pitada de humor nas letras. Nossa música quer alegrar as pessoas que no dia a dia já têm que encarar muitos problemas. O grupo É o Tchan ! sempre celebrou a alegria da vida até mesmo quando brinca com a morte