Charles Bradley em "aula" de soul em São Paulo
DivulgaçãoAssistir a um show de Charles Bradley é ser teletransportado para o auge da soul music.
Aos 66 anos e fazendo sucesso há pouco tempo, Bradley não inova nada no gênero, mas é uma homenagem viva a ícones como James Brown (ele chegou a imitar o cantor no passado), Wilson Pickett e Otis Redding.
E a noite deste sábado foi extamente uma viagem aos bons tempos da Motown e Apollo Theater. Com ingressos esgotados para os dois dias, Charles Bradley se apresentou no Sesc Pompéia, em São Paulo.
A introdução do show foi feita nos moldes dos antigos grupos soul/funk, com a banda entrando com um tema instrumental (Funky Mule), enquanto o tecladista apresentava o cantor aos gritos frenéticos de "Chaaaaaaaales Braaaaaadley..."
Vestindo um chamativo traje vermelho com muitos brilhos, Bradley entrou com o jogo ganho mandando a baladona arrasa quarteirão Heartaches And Pain.
Simpático, Charles Bradley mostrou seu vozeirão
DivulgaçãoCom trejeitos a la James Brown, o cantor fez uma performance teatral; arremessou o pedestal do microfone, se ajoelhou, dançou de forma sexy, brincou com os fãs... Mas o que empolgou mesmo foi o vozeirão do homem.
Os hits The World (Is Going Up in Flames) e Strictly Reserved for You emocionaram a plateia.
Outros ótimos momentos foram a psicodélica Confusion e o funkão Ain't It A Sin.
A banda que acompanha o atual rei do soul, The Menahan Street Band, também ajudou no espetáculo, com destaques para o baterista Homer Steinweiss (conhecido pelo trabalho com Sharon Jones e Amy Winehouse) e o guitarrista Thomas Brenneck (que também é integrante da Budos Band).
O show de Bradley foi até curto, contando ainda com as músicas instrumentais pelo caminho, mas valeu cada momento soul da noite.
O cantor ainda se apresenta neste domingo (24), no Sesc, com ingressos esgotados.