Há pouco mais de um ano, em março do ano passado, o Brasil acordou de luto. O rock nacional perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas e chorava pela perda de um de seus grandes ídolos. Chorão, o líder do Charlie Brown Jr, foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo. Pelos quatro cantos do País, Alexandre Magno Abrão deixou muitos órfãos de sua música. No entanto, a dor nem se compara com aquele que perdeu a figura mais importante dentro de casa: o pai. O filho único de Chorão conversou com a reportagem do R7 sobre a falta que sente de seu maior ídolo, um ano após a sua morte. Alexandre Abrão, mais conhecido como Xande, transforma a saudade e o orgulho do pai em projetos para superar a dor e também para fazer valer todos os sonhos pelo qual Chorão lutou
Texto e entrevista: Paola Correa, do R7
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Nesta quarta-feira (9), Chorão completaria 44 anos e, como escreveu na letra de Só os Loucos Sabem, "você deixou saudade". Na imagem acima, ele comemorava o último aniversário em vida. No qual a mãe, dona Nilda, revelou que ele estava "muito, muito feliz"
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Xande herdou o nome do pai e guarda no coração o aprendizado e os momentos ao lado de um cara que não era só ídolo nos palcos. Segundo o herdeiro, todo o carinho dos fãs ajuda a suporta a perda, mas não supera o sentimento de perder parte de sua família. - Os fãs perderam o Chorão, eu perdi meu pai
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O filho de Chorão passou os últimos anos acompanhando de pertinho os passos do pai e caiu na estrada com a banda do pai. Criado longe do cantor, pois moravam em casas separadas, alguns fãs achavam que eles não tinham tanta proximidade e até questionaram as ações que Xande começou a liderar com a morte do pai, como criação de produtos, lançamento de álbum e o próprio festival Tamo Ai na Atividade que rola no domingo (13). - A gente sabe o que a gente passou. Eu e ele sabemos do nosso sentimento
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Desde que Chorão se foi, Xande tem se preocupado em manter viva a sua memória. No próximo domingo (13), ele vai transformar o Estância Alto da Serra, em São Bernardo do Campo, em uma grande celebração ao legado do Charlie Brown Jr, que por duas décadas foi o porta-voz de jovens de todas as classes sociais.
- Um mês após a morte eu já estava pensando em fazer essa homenagem. Com a morte do Champignon ela se tornou muito mais importante. A ideia não é um tributo, mas celebrar a história da banda
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Xande conta que está envolvido 24 horas com os projetos do pai e nos preparativos para o Tamo Aí na Atividade, que terá oficinas de skate, oficinas de grafite, shows e área de lazer. - Eu viro a madrugada planejando as coisas e acordo cedo para continuar organizando. Eu tento fazer tudo de acordo com o que aprendi com o meu pai. Tudo o que o meu pai falou para mim é lei. A palavra dele é lei pra mim