"No Olho do Tornado" é a volta dos filmes de catástrofes naturais aos cinemas, só que agora com mais tecnologia
Montagem R7/DivulgaçãoNa terça-feira (19), a cidade de São Paulo estava com um clima ameno. Solzinho gostoso, pouco vento, aquele tempo ótimo para sair de casa com um visual básico, camiseta e calça jeans. Acontece que tudo mudou de repente. Ventania forte, chuva, trovões e eu não estava preparado para encarar essa transformação drástica, mas acredite... eu adorei! É que, na verdade, todos esses efeitos climáticos estavam acontecendo dentro de uma sala de cinema!
O R7 foi convidado pela Warner para assistir ao filme No Olho do Tornado em uma sala 4D e o resultado foi uma experiência divertida, daquelas que você sai já pensando em quem vai convidar para te acompanhar da próxima vez.
A trama do longa acompanha um grupo de pesquisadores e cinegrafistas que procuram tornados para filmar um documentário e que são levados a uma pequena cidade, atingida pelos desastres. Além disso, somos apresentados à família de um professor da escola local, que tem problemas com os filhos depois que sua mulher morreu. O caminho deles se cruza e, a partir daí, tudo se desenrola de maneira crescente. Mais ação, mais perigos, mais efeitos visuais e sensoriais.
Assim que o filme começa, você é surpreendido por vento vindo de enormes ventiladores instalados nas laterais da sala. O som potente dava a impressão de que estava chovendo de verdade do lado de fora do shopping. Quando o primeiro tornado do longa surge na tela, as cadeiras passam a se mover, como se você estivesse sendo sugado junto com alguns dos personagens. Neste momento, um jornalista até brincou: "Gente, agora sala de cinema vai precisar de cinto de segurança". Balança, mas relaxa que não cai.
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Já tinha experimentado o 4D em atrações dos parques temáticos nos EUA e elas são realmente impressionantes, mas contam com filminhos de, no máximo, 15 minutos. No Olho do Tornado tem cerca de uma hora e meia de duração, mas você não se cansa dos efeitos, porque é tudo bem estruturado no meio da trama e o tema é perfeito para essa técnica de exibição. Afinal de contas, existe filme melhor que um sobre mudanças climáticas para usar água, vento, movimento e luzes no público?
O legal é que você é surpreendido pelo uso da tecnologia. Em uma cena, os personagens tomam café da manhã e é possível sentir o cheirinho de bacon, típico na primeira refeição do dia nas casas americanas. Em outra cena, um carro passa por uma poça de água e você fica com o rosto todo molhado. Nada em excesso, não se preocupe. Você não precisará de uma capa de chuva ou de óculos de natação. O penteado fica um pouco bagunçado por causa do vento, mas nada que vá destruir a chapinha. Não uso óculos, mas acredito que, para quem usa, os respingos possam ser um pequeno incômodo.
E se você está pensando que toda essa parfernalha vai tirar sua atenção do filme, pode ir tranquilo assistir. Na verdade, os efeitos servem como forma de imersão. Em determinado momento, trovões são ouvidos no filme e a sala de cinema logo é tomada por flashes de luz que até me deram um susto de tão reais. Além disso, as situações criadas pelo roteiro deixam a tensão alta, te fazendo ficar ainda mais mergulhado na história.
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Seja com essas tecnologias ou sem elas, vale assistir ao filme com certeza. Como o 4D é encontrado, por enquanto, em apenas uma sala de São Paulo e tem o preço um pouco salgado (a entrada inteira pode custar mais de R$ 70), serão predominantes as sessões do filme em 2D mesmo, mas vê-lo assim também não deve decepcionar, já que o uso de câmeras na mão e em primeira pessoa te dá a sensação de entrar naqueles cenários catastróficos.
Saí do cinema um pouco descabelado, com uns pinguinhos de água na roupa e até com vontade de comer bacon, mas nada disso é negativo, já que foi mesmo uma experiência de entretenimento muito boa.
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