O Rammstein em sua apresentação intensa e cheia de pirotecnia
Raphael Castello/AgNewsJá imaginou se aquele doido da guitarra no Mad Max: Estrada da Fúria se soltasse das correntes e fizesse um show ali mesmo, no deserto? Com palco batizado de Rockatansky, uma GasTown como área de alimentação e algumas referências ao filme que marcou o cinema de 2015 com sua estética, o Maximus Festival não decepcionou em sua primeira edição, nesta quarta-feira, feriado de 7 de setembro. Até mesmo entre uma atração e outra eles usavam a citação "I'm the rocker, I'm the roller, I'm the out-of-controller" da primeira edição da saga. Essa estética steampunk, impregnada na noite toda, casou até mesmo com estilo da atração principal da noite, os alemães do Rammstein (que curtem muito pirotecnia, figurino futurista e afins). Tanto que até o chão de pedras e terra do no autódromo de Interlagos, local do festival, passou longe de ser um incômodo - afinal, era a "cara" do Mad Max.
Rammstein
A atração principal fez uma baita apresentação. Isso porque eles são mestres em cativar o público e deixar uma impressão marcante. O impacto visual conta muito com pirotecnia, com fogos explodindo de todos os lados - até mesmo dos próprios integrantes da banda, desde suas guitarras até mesmo às roupas, passando pelo já tradicional número final da música Engel, em que o vocalista Till Lindemann usa asas que cospem chamas enquanto é içado no palco.
Eles trouxeram muito do que os fãs já conhecem, como o arco e flecha de fogo em Du Riechst So Gut, e a brincadeira com o tecladista Flake em Ich Tu Dir Weh. Mas com algumas performances mais novas, como a recente (e muito significativa) de Zerstören, em que Lindemann abre o casaco e revela um colete de explosivos. A crítica aos homens-bomba termina com o vocalista simbolicamente se explodindo no palco, com faíscas voando para todos os lados. Além disso, muita fumaça, papel picado no hit Amerika e vários dos clássicos que os fãs adoram, como Ich Will, Du Hast (a mais celebrada pelo público), Links 2 3 4, Mein Herz Brennt, Feuer Frei e Keine Lust.
Info legal sobre os caras: antes de o show começar, eles exibiram no telão um aviso de que as pessoas podiam filmar e fotografar o show o quanto quisessem. Se você é daqueles que derruba conteúdo "pirateado" (ou acha que ele deveria ser derrubado), fica a reflexão.
Marilyn Manson
Cortou a mão e continuou cantando com o sangue escorrendo. Passou na cara. Perguntou quem estava chapado na plateia e brincou dizendo que era policial. Falou muito de drogas, dinheiro e esse mundo de celebridade, exibindo aquela nota de dólar com a cara dele no fundo. Cantou, sim, o cover de Sweet Dreams e hits como Beautiful People. Está mais gordinho do que antes, mais velho - mas segue com o vocal dilacerador e performático como sempre. Fechou o palco adjacente, o Rockatansky (o principal se chamava Maximus mesmo). Pontual - tanto ele quanto os alemães.
Antes disso, rolou: Disturbed, que fez show repleto de covers (entre eles U2 e Rage Against the Machine); teve também HellYeah, que tivemos a oportunidade de entrevistar; Halestorm, que atraiu seus fãs para o evento; e muito mais. Mas, como diz o rapaz no tweet acima, fica uma reflexão: participar do mesmo festival que o Rammstein é sacanagem.