Praticamente desde quando estreou nas ruas e rodovias brasileiras, o Honda Accord sempre foi visto como carro de tiozão. Sedã de luxo, robusto e com grandes dimensões, o carro era — e ainda é — um dos queridinhos dos executivos brasileiros e de quem gosta de carro grande e não dispensa conforto, segurança e alguns mimos.
Em 2019, o sedã conserva quase todas as virtudes das versões anteriores. Quase todas, porque abandonou a cara de tiozão, ganhou linhas afiladas nas laterais e no capô e desembarcou com design que mistura os traços de Civic com a traseira de um cupê.
Ainda por fora, merecem destaque as lanternas traseiras em forma de C e os faróis afilados muito bem acoplados no para-choque frontal — luzes diurnas e faróis de nebrina em LED complementam esse conjunto. As rodas exclusivas de liga leve, aro 18, exaltam ainda mais o sedã.
Mais que isso, por dentro, a montadora japonesa caprichou em itens de tecnologia e segurança. O Accord vem equipado, de série, com o pacotão chamado Sensing — uma associação de quatro sistemas eletrônicos feita para impedir colisões frontais e derrapagens do veículo.
O ACC (Controle de Cruzeiro Adaptado, na tradução livre) ajuda o motorista a manter uma distância segura do carro à frente. Se você estiver muito mais rápido que o motorista da frente, o Accord reduz automaticamente a velocidade e impede uma batida. Também tem um sistema para mitigar colisões contra objetos à frente, que aciona os freios e evita a batida.
Outros dois recursos para o motorista é o sistema que mantém o carro na faixa de rodagem, caso o motorista “coma faixa” e outro parecido que mantém o carro na rodovia e evita colisão contra o guard-rail, por exemplo. Além de tudo isso, ainda há 8 airbags — dois frontais, dois laterais, dois de cortina e dois para joelhos de motorista e passageiro.
Para quem acelera, vale destacar o motor 2.0 turbo de 256 cavalos — empurra a carroceria sem dificuldades, é muito arrojado — e o câmbio automático de 10 velocidades com Paddle Shifts (aquelas borboletinhas que ficam atrás do volante) — aqui, você não sente qualquer solavanco na troca de marcha.
Agora, vale falar bem do preço. Quem quer colocar essa máquina na garagem precisa desembolsar R$ 204,9 mil. Nessa faixa, o comprador pode pensar nos concorrentes, que passam pelo Audi A4, VW Passat, Toyota Camry e BMW 320.
Os números de emplacamentos da Fenabrave (federação das montadoras) mostram bem quão acirrada é essa disputa. Em julho, a Volkswagen vendeu 104 unidades do Passat no Brasil, enquanto a Honda emplacou 15 Accord.
No acumulado do ano, a montadora japonesa contabiliza 110 unidades vendidas, o que a coloca na 8ª colocação do ranking de sedãs grandes. A liderança pertence à BMW, com 786 unidades da 320 vendidas entre janeiro e julho. De perto, a VW persegue a ponta com 772 Passat vendidos no mesmo período.
A participação da Honda nessa categoria é relativamente pequena, mas vale o comprador entrar numa concessionária e testar o carro. Além do design e do motor arrojado, a facilidade para encontrar uma loja da marca japonesa pelo país pode contar a favor na hora da compra. Afinal, não faltam boas opções entre os sedãs de luxo. Bom para o consumidor!