No último Roberto Justus + (15) recebeu Ângela
Maria. Registrada como Abelim Maria da Cunha, a rainha do rádio nos anos 50 é casada há 35
anos com um homem 30 anos mais jovem e aos 85 ainda canta. A cantora esclareceu de onde surgiu o nome artístico
“Eu que criei o nome Ângela Maria pra que a minha família não descobrisse que eu estava
cantando no rádio. Naquela época as mulheres que eram artistas tinham fama de
serem “mulheres de vida fácil” e a minha família não queria que eu fosse cantora
porque eles falavam que eu ia acabar sendo a mesma coisa"
Ângela também explicou o famoso apelido que recebeu de Getúlio Vargas e virou uma marca registrada. “Eu recebi esse apelido numa festa onde o Getúlio estava também. Quando eu fui cumprimentá-lo, ele me disse: “Você que é a famosa Japoti?” E eu não gostei porque achei que ele estava me chamando de “jabuti”. Depois fui descobrir que Sapoti é uma fruta do Nordeste que tem a minha cor, é carnuda e muito doce. E então o Getúlio me disse: "A sua voz é doce como essa fruta, parece puro mel e você tem a cor de Sapoti. Ai eu gostei né, claro!”
A cantora ainda comentou sobre como a idade influenciou em sua voz. “Com o tempo a voz
perde um pouco da potência. Eu tenho 65 anos de carreira e nunca parei. Mas com
o tempo a gente tem que ir abaixando o tom, isso acontece com muitos cantores”
Sobre a rotina de shows, contou: “Hoje eu posso escolher,
mas eu já cheguei a fazer mais de 40 shows no mês. Atualmente, a média é de
cinco ou seis shows. Já não faço tantos"
“Tem muito jovem na plateia dos meus shows, tem até criança.
E nos meus shows em teatros o pessoal se diverte porque eu brinco com todo mundo.
Sou uma verdadeira palhaça”
Sobre parar de cantar, Ângela respondeu: “Se
isso acontecer comigo, eu vou morrer! Eu quero morrer no palco dando um último
agudo, aí eu dou o agudo e posso cair morta”