Uma porta de ferro com uma janela quadrada no meio, fechada. Marcas de ferrugem. É a cela 9-138-X
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Do lado de dentro há um beliche
e uma cama de solteiro. Entre os leitos, uma janela com grades e recortes de
revistas em toda a sua volta. Fotos de mulheres seminuas também são vistas na
parece, em cima da cama
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Alguns caixotes, duas pias, uma cortina improvisada
com um pedaço de lençol cobre parcialmente uma privada instalada no chão. As
paredes possuem pichações. Frases, nomes, palavras soltas e desenhos. Este é o
tabuleiro. O jogador sou eu. A porta fecha. Tenho uma hora para sair de lá
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Uma televisão indica a contagem regressiva. A cela é
fria e é possível ouvir sons de água pingando e vozes não identificadas. Sem mais
detalhes, sei apenas que eu e um grupo de amigos estávamos parados dentro
de um carro e um palhaço roubou um banco e correu para o nosso
veículo
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Na
fuga, o palhaço escapou e acabamos incriminados e encarcerados. Para tentar se
redimir, o palhaço arranjou uma fuga da cela, mas temos que decifrar as pistas
que ele deixou para conseguir sair
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Não há casa inicial da partida, nem indicadores que
revelem os próximos passos. Agora,
juntos, temos que achar nosso caminho de saída. Caixas fechadas com cadeados e
objetos que estão aleatoriamente (ou não) colocados na cela vão nos guiar até o
lado de fora — se formos rápidos e conseguirmos decifrar todas as charadas
espalhadas nos 30m2 da cela
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O tempo passa rápido e a contagem regressiva fica
explícita na tele da TV. Nervosismo, ansiedade. Até mesmo o ritmo da nossa
respiração muda. Vinte minutos se passam. Será que conseguirmos avançar
bastante? Sem ver o fim desse tabuleiro é impossível saber o que ainda nos
aguarda e se estamos ou não próximos de escapar Jogos Vorazes vira parque e turistas entram no universo mortal da saga
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Mais
um cadeado liberado. Alívio. Mas faltam 15 minutos e nenhuma pista parece levar
ao fim. Pressa, mais ansiedade e um misto de otimismo — já que conseguimos
decifrar diversos enigmas — com desânimo pelo pouco tempo que resta se misturam
na cela. Calma, respira, olha tudo de novo, verificamos se não deixamos escapar
nada. Repetição. Quebra cabeça. Quando o relógio marcava 3 minutos para o fim
do tempo, conseguimos encontrar a saída. Euforia e distribuição de abraços
encerram o jogo. Livres!
A experiência, conhecida como espace game, pode ser
vivenciada em algumas casas especializadas de São Paulo. A sala temática
inspirada no Carandiru foi criada pela Puzzle Room, localizada na Vila Mariana,
zona sul de São Paulo. A casa foi inaugurada em julho de 2015 com a sala CSI –
o objetivo deste jogo é desvendar um assassinato para conseguir sair da cena do
crime
Alguns meses depois,
foram lançadas duas salas do Carandiru e em breve vão ser abertas a Asylum, com um clima mais de terror, e a Inverso do Universo,
que é uma tradicional sala de estar — só que de ponta cabeça. Em todas, os
participantes têm uma hora para escapar. As equipes vitoriosas têm o privilégio
de assinar na parede de entrada da casa. Para se divertir, grupo de duas a
quatro pessoas pagam R$ 299 e de cinco a sete pagam R$ 389 Jogos Vorazes vira parque e turistas entram no universo mortal da saga