“O povo pataxó sempre foi guerreiro”, diz a líder indígena
Nitynawã (foto) aos turistas que visitam a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira,
a 12 km do Centro de Porto Seguro.
Os pataxós surgiram da união de várias tribos e foram um dos povos a receber os primeiros estrangeiros no Brasil. Hoje, eles estão
espalhados principalmente pelo sul da Bahia.
Ouvir Nitynawã, que nasceu e cresceu dentro da mata,
praticamente sem contato com o homem branco, é uma verdadeira aula de história
indígena.
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Marta Santos, do R7
Visitar a Jaqueira é ter uma legítima imersão na cultura
indígena. Os índios recebem os turistas com o corpo pintado e enfeitados com
cocares
Marta Santos, do R7
Eles contam a história da tribo e levam os visitantes para um passeio dentro da reserva, ensinando sobre a fauna e flora locais e mostrando o funcionamento de diversas armadilhas usadas pelos índios para se defender ou capturar animais
Marta Santos, do R7
O nome da reserva vem de uma árvore jaqueira que caiu, mas
continua vivendo mesmo assim. A força e perseverança da árvore representam as
mesmas qualidades da tribo Pataxó
Marta Santos, do R7
Nitynawã conta que, em 1951, o governo da Bahia e ruralistas
locais ordenaram uma invasão da Polícia Militar no território da aldeia. Os
militares mataram índios, estupraram índias e destruíram suas ocas.
Anos depois, foi criado o Parque Monumento Nacional do Monte
Pascoal e, mais uma vez, os índios foram expulsos de seu território e a tribo
teve que se separar
Marta Santos, do R7
Foi somente em 1997 que os pataxós conseguiram demarcar a
área de sua tribo, quando três índias fundaram a reserva da Jaqueira
Marta Santos, do R7
Hoje, 32 famílias vivem na reserva, em torno de 105 pessoas.
Ao todo, existem 38 aldeias pataxós no sul da Bahia e sete em Minas Gerais, que
abrigam cerca de 15 mil índios em terras demarcadas