Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Carnaval São Paulo 2019

Gaviões e Mocidade se juntam a Mancha e Tom Maior nas favoritas

Águia, Vai-Vai e Rosas de Ouro também foram destaques na segunda noite de desfiles do Grupo Especial paulistano

São Paulo|Camila Juliotti e Thiago Calil, do R7

Águia de Ouro voltou ao Grupo Especial mostrando que veio para ficar
Águia de Ouro voltou ao Grupo Especial mostrando que veio para ficar

A segunda noite de desfiles do Grupo Especial reuniu as principais campeãs do Carnaval paulistano na avenida. Mocidade Alegre e Gaviões da Fiel se juntaram a Mancha Verde e Tom Maior, destaques na madrugada de sexta para sábado, entre as favoritas para o título de 2019.

A noite foi marcada por alguma falha em praticamente todas as escolas. Da mesma forma, luxo, brilho e grandiosidade das alegorias também foram pontos em comum entre as agremiações. 

Águia de Ouro, que retorna ao Grupo Especial, fez um desfile técnico, podendo se destacar na apuração.

Dragões e Mocidade vieram bem, mas ambas tiveram problemas de evolução ao longo do desfile.


Exaltando o povo negro, a Vai-Vai fez um desfile emocionante, embora tenha ficado atrás das antecessoras plasticamente.

A Gaviões levantou o público que estava no Anhembi e esperou até o amanhecer para ver a escola de coração. A agremiação fez uma releitura do enredo de 1994 ao falar sobre o tabaco.


Veja como foi a segunda noite de desfiles: 

Águia de Ouro


A escola se propôs a fazer uma crítica política com o enredo Brasil, eu quero falar de você! Que país é esse!?. O “protesto” da Águia de Ouro começa com a batalha entre portugueses e índios. O desfile mostrou a exploração das riquezas de nossas terras, o luxo da família real no período colonial, o período da república, a corrupção e as diferenças sociais. A bateria e o carro de som fizeram vários apagões, deixando apenas que o público sustentasse o canto.

Dragões da Real

A escola falou sobre o tempo
A escola falou sobre o tempo

A escola veio desvendando o tempo. A comissão de frente viajou desde os homens das cavernas até personalidades contemporâneas, como Cazuza, Guga, Gisele Bündchen e Pelé. O desfile da Dragões passeou pela forma como o homem lida com o tempo, desde os instrumentos usados como relógio até a interferência do tempo na vida moderna. Por fim, os 65 minutos que representam o desfile e a alegria do Carnaval. As alegorias com componentes coreografados foram destaque. A escola só pecou no quesito evolução, tendo que segurar o andamento na parte final do desfile, para cumprir o tempo regulamentar.

Mocidade Alegre

Carro da Mocidade Alegre mostrou seres das águas do rio
Carro da Mocidade Alegre mostrou seres das águas do rio

Contando uma lenda indígena de Ayakamaé, que deu origem ao Rio Amazonas, a escola trouxe colorido e brilho para a avenida. O enredo permitiu alegorias com criatividade, mostrando o amor entre o sol e a lua e os frutos dessa relação. Cada ala retratava uma lenda tradicional das margens do rio. A Mocidade também precisou acelerar o ritmo para encerrar seu desfile dentro do tempo. Outro problema da escola foi uma escultura de um golfinho da quarta alegoria, que cobrou ainda no início da avenida.

Vai-Vai

Ala da Vai-Vai homenageou Marielle Franco
Ala da Vai-Vai homenageou Marielle Franco

A escola fez uma grande exaltação ao povo negro na avenida, do passado ao futuro. A agremiação mostrou o sofrimento na escravidão, as lutas raciais e a busca por igualdade. Uma ala coreografada, que representa os negros protestando, homenageou a vereadora carioca Marielle Franco, defensora dos direitos humanos e assassinada em 2018. A quarta alegoria trouxe uma grande escultura de Barack Obama.

Rosas de Ouro

Escola fez um paraíso no abre-alas
Escola fez um paraíso no abre-alas

Cantando o povo armênio, a Rosas de Ouro fez o melhor desfile da agremiação dos últimos anos. A partir do genocídio, mostrado na comissão de frente, a escola apresentou o renascimento do país e de sua cultura. O desfile englobou as batalhas para o domínio do território, o predomínio da fé cristã e a cultura local, que tem até carnaval. O momento de maior aperto foi com o primeiro casal, já que o costeiro do mestre-sala caiu na pista ainda no começo do desfile. Os componentes também tiveram de ficar atentos ao relógio, já que cravaram a apresentação com 65 minutos, o máximo permitido.

Vila Maria

Everson Sena e Laís Moreira durante evolução na avenida
Everson Sena e Laís Moreira durante evolução na avenida

A escola apostou em muito dourado e amarelo para falar sobre o "Império do Sol", o Peru. Com um desfile luxuoso, a Vila Maria passou pelas riquezas do império Inca, a agricultura, a culinária e a religiosidade peruana. As alegorias se destacaram pelo tamanho, tanto na largura quanto na altura. Eram tão grandes que o último carro deixou a avenida tocando na cabine dos jurados. O desfile terminou misturando as culturas de Brasil e Peru.

Gaviões fez releitura de enredo de 1994 e trouxe no abre-alas um templo árabe
Gaviões fez releitura de enredo de 1994 e trouxe no abre-alas um templo árabe

Gaviões da Fiel

Última escola a desfilar e responsável por encerrar o Grupo Especial do Carnaval paulistano, a Gaviões da Fiel trouxe o enredo A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente. O tema é uma releitura do desfile de 1994 da Fiel, que manteve o mesmo samba-enredo da época. A escola trouxe histórias e lendas envolvendo o tabaco, como por exemplo, Catarina de Médici e Santo Antão. Um dos destaques do desfile foi o quarto carro que exaltou a força e liberdade da mulher. Na parte superior da alegoria, desfilaram apenas componentes mulheres. A Gaviões encerrou o desfile com 61 minutos.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.