Em abril deste ano, Renata Banhara foi submetida a duas cirurgias no cérebro. A modelo de 42 anos foi internada às pressas em um hospital de São Paulo com uma infecção grave após se queixar de fortes dores de cabeça. O problema se deu por conta de um dente na boca de Renata, contaminado por uma bactéria, que acabou indo para o principal órgão da cabeça
Arquivo Pessoal
Renata passou por momentos tensos. Foram 12 dias de UTI e um total de 38 dias de internação. Pensou que fosse morrer. Um otorrinolaringologista aspirou a coleção de bactérias que estava alojada no osso facial
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Ainda em processo de recuperação, Renata segue medicada. Por ordem médica, a modelo está de repouso em casa pois sua imunidade está bastante baixa. Das sequelas, ficou uma paralisia facial do lado esquerdo do olho.
— Estou assim porque meus nervos não
responderam a cirurgia. Talvez eu tenha que religar alguns, porque muitos
necrosaram por causa da tal bactéria
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Renata diz que ainda está abalada com tudo que aconteceu.
— O
trabalho continua, tive alta porque a bactéria ficou
isolada, mas continuo me cuidando. Isso tem mexido muito com meu emocional, afinal de contas, estou há oito meses sentindo dores diárias
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A modelo contou que as dores apareceram em novembro de 2016. Antes de descobrir o problema, ela havia passado por dois outros hospitais que a diagnosticaram com alergia e estresse
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À base de corticoide e morfia, Renata ganhou 12 quilos. Sua cabeça chegou a pesar 1kg e meio a mais. O rosto da modelo ficou deformado, o que a fez se esconder dos filhos.
— Não
recebia ninguém no hospital, fiquei com muito medo por causa das crianças. Até um tempo eu escondi o problema deles, mas a internet está aí, e tudo que liam vinham me perguntar. Até que um dia eu contei tudo
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Renata relembrou os piores momentos da internação.
— A dor me
levava ao desequilíbrio e continuo lutando contra
isso. Estou sofrendo muito, e nunca imaginei que fosse passar por esta situação, mas não quero desmotivar
aquelas que estão num por um processo similar ao meu
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Numa crise de depressão, Renata pensou em se matar, mas graças à ajuda de psiquiatras logo descartou a possibilidade.
— O trabalho
da psiquiatra é fazer com que eu passe por esse processo de uma forma mais suportável
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Banhara mostrou nas redes sociais a quantidade de remédios que chegou a tomar.
— Eram cerca de 60 comprimidos por dia. Hoje eles foram reduzidos para 20, 21. Eu ainda sinto dor todos os dias, vai da ponta do meu
cabelo até o dedo do meu pé. Meus
nervos doem todos, perdi 40% da minha massa muscular. Não posso
ficar muito tempo em pé, mas o que eu mais quero é viver
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O alento para o problema veio dos médicos que ainda a acompanham.
— Eles me disseram
uma coisa muito linda sobre meu caso. “Esse é um processo da vida. Todo mundo
na vida vai ter seu momento de dor. Seja na primeira idade, na segunda ou na
terceira”. Sei que estou na segunda, e na terceira eu não vou ter. Eles me
garantiram que eu não vou ter
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Se teve medo da morte?
— A morte passou
pela minha cabeça, claro. Aliás, até hoje ainda passa. Só que hoje estou fazendo
um tratamento para não me sentir vítima. Não quero pegar essa doença e fazer
dela uma muleta a meu favor, fazer papel de coitadinha
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Renata encerrou a entrevista dizendo sobre esperança de recuperação.
— Nenhum processo de uma doença é imediato e rápido. Nenhum remédio vai me salvar do dia para a noite, até porque meu organismo tem respondido a medicação com muita cautela. Mas tenho muito fé. Até dezembro quero estar ótima e de volta a ativa