Focada em sua cultura interna, Nintendo não quer entrar em disputa com a Sony e MS por aquisições
OuterspaceO presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, reiterou que a empresa planeja investir até 100 bilhões de ienes (870 milhões de dólares) para aumentar suas capacidades de desenvolvimento de jogos organicamente, mas não irá entrar na briga por aquisições bilionários como têm feito a Microsoft e, em menor escala, a Sony.
Perguntado sobre os planos da Nintendo diante da movimentação da concorrência pela chamada consolidação, Furukawa abordou o tema das aquisições na quinta-feira após a publicação dos últimos resultados financeiros da Nintendo.
“Nossa marca foi construída sobre produtos elaborados com dedicação por nossos funcionários, e ter um grande número de pessoas que não possuem o DNA da Nintendo em nosso grupo não seria uma vantagem para a empresa”, disse o executivo.
Em novembro o próprio Furukawa comentou que a Nintendo pretende aumentar sua capacidade de desenvolvimento, mas a empresa estava focada principalmente no crescimento orgânico para “continuar a cultura criativa da Nintendo”, embora ele “não estava descartando” a possibilidade de adquirir outras empresas de jogos.
No entanto, o começo de 2022 trouxe uma série de anúncios de aquisições recordes, e elas devem continuar pelos próximos meses. Em 10 de janeiro, a Take-Two anunciou a compra da Zynga por US$ 12,7 bilhões – na época o maior negócio na indústria de jogos. Na semana seguinte, a Microsoft anunciou a aquisição da Activision Blizzard em um acordo de US$ 68,7 bilhões. E esta semana, na segunda-feira, a Sony Interactive Entertainment revelou que está prestes a adquirir a Bungie, criadora de Halo e Destiny, por US$ 3,6 bilhões.
Mais zelosa com seu baú de guerra, a Nintendo raramente faz aquisições. No ano passado, a empresa fez um movimento neste sentido, ainda que tímido, ao adquirir a Next Level Games, desenvolvedora canadense de Luigi’s Mansion 3 – a primeira compra da empresa em mais de uma década.
O investimento no aumento de produção anunciado no ano passado parece envolver a construção de duas grandes expansões de escritórios em Kyoto, no Japão, supostamente em uma tentativa de criar mais jogos internamente, em vez de terceirizar o desenvolvimento.
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