Bivolt lançou disco de estreia com influências dançantes
Alex Takaki/DivulgaçãoBivolt lançou o primeiro disco homônimo da carreira em meio à pandemia. E, mesmo diante da quarentena, a rapper tem feito barulho nas redes sociais, mostrando uma estreia musical poderosa.
A cantora paulistana, que interrompeu temporariamente os planos de turnê, reflete sobre a divulgação do disco. "Eu lancei o álbum e, no outro dia, foi declarada a quarentena. Foi bem difícil, porque ninguém esperava por isso. E minha maior fonte de renda são os shows. Mas já fiz live e foi muito legal a experiência de cantar pela primeira vez as músicas do disco. É um jeito de matar a saudade dos fãs, de atingir todo mundo nessa situação."
Cria das batalhas de MCs e respeitada no meio do hip hop, a artista já tem 10 anos de experiência. E, apesar disso, o contrato com uma grande gravadora (Som Livre) só surgiu recentemente. "Se eu tivesse feito antes, não seria a mesma coisa. Lancei o disco no momento certo, porque estou madura para isso. Estou pronta."
O som classudo e dançante de Bivolt chama a atenção, através de composições próprias e cheias de estilo próprio como Tipo Giroflex e Mary End. "Escuto muita música jamaicana e latina. Então, eu trouxe um pouco desses ritmos quentes para o álbum. Mesclei minhas influências com o estilo que eu gosto de fazer. O álbum não tem um gênero só..."
A rapper completa que a presença feminina é a alma do trabalho. "No geral, minha influência são as mulheres. São todas as mulheres da música que fizeram o que eu sou."
Entre as garotas citadas pela MC, estão as talentosas Xênia França e a dupla Tasha & Tracie, que participam de duas das 14 faixas do disco. "Eu admiro muito essas artistas, então elas foram escolhidas por tudo que representam. Além de ser fã delas, tudo que elas expressam pela arte é revolucionário. Eu trouxe isso para o meu disco."
Outro destaque do CD é a música Cubana, que ganhou um clipe gravado no melhor estilo cinematográfico, trazendo uma super produção da Iconoclast do Brasil (veja acima). "Nos inspiramos em filmes do Quentin Tarantino e nessa atmosfera de ação e aventura. É a mesma produtora audiovisual que fez clipes para Beyoncé, Jay-Z e Kanye West, então, é inexplicável a sensação de ver sua arte assim."
Além de tudo isso, um fator tecnológico também chama a atenção no disco. A cantora lançou as duas canções 110 e 220 que, quando tocadas simultaneamente, formam uma terceira faixa.
Agora, Bivolt só está esperando a quarentena passar para fazer os shows do novo trabalho. "Quero voltar correndo para os palcos! É desesperador ficar sem cantar para a plateia (risos). Porém, tenho esperança que tudo vai melhorar."