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Escute cinco discos fundamentais de Elza Soares

Gravações da cantora se estendem por quase 60 anos

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Elza Soares começou a gravar relativamente tarde. Seu primeiro LP só chegou às lojas quando ela tinha 30 anos, em 1960. Felizmente, ela viveu, e trabalhou, bastante, conseguindo compensar essa demora para estrear em disco. Elza deixa um legado de mais de três dezenas de álbuns feitos em seis décadas diferentes, Planeta Fome, o derradeiro trabalho, saiu em 2019.

Abaixo listamos cinco discos fundamentais na trajetória da cantora, que morreu nesta quinta-feira (20), aos 91 anos. Essa é apenas a ponta do iceberg. Quem se embrenhar na discografia da cantora, toda disponível nos serviços de streaming, terá várias horas da melhor música brasileira que se pode ouvir.

Se Acaso Você Chegasse – 1960

A estreia de Elza mostrava uma artista de voz diferenciada cantando sambas com a pegada samba-jazz que marcava a época. Se Acaso... é daqueles discos que se escutam com prazer até hoje e que se quer reouvir tão ele logo termina – até porque suas 12 faixas passam voando, em meros 25 minutos.

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Baterista: Wilson das Neves – 1968

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Oito anos depois, é fascinante ver quanto Elza tinha evoluído. Sua voz soa mais segura e já tem o timbre a que iríamos nos acostumar por anos e anos. Ela também reconheceu que o baterista Wilson das Neves, verdadeiro gênio das baquetas morto em 2017, havia trazido um suingue único para o álbum, considerado um dos melhores e mais importantes já feitos no Brasil, a ponto de colocar o nome dele no título do LP e também na foto da capa.

Outro disco curtinho, tem versões excelentes para standards como Garota de Ipanema e Saudade da Bahia. É interessante também comparar a evolução artística de Elza ao ouvir as regravações de Mulata Assanhada, Teleco Teco N° 2 e Se Acaso Você Chegasse. Isso e, claro, o duelo entre ela e o baterista em Deixa Isso pra Lá, a mesma música que se tornou a marca registrada de Jair Rodrigues.

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Elza Pede Passagem – 1972

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Com uma das grandes capas já feitas no país, Elza aqui se mostra totalmente entrosada com os anos 70, em um trabalho com muito balanço e músicas de um time de respeito: Antonio Carlos e Jocafi, Jorge Ben, Toquinho, Zé Rodrix e João Nogueira foram gravados, sempre com o estilo pessoal da artista, aqui.

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Do Cóccix até o Pescoço – 2002

A vida de Elza Soares nunca foi um mar de rosas. Quem leu Elza Comum (2018), biografia da cantora escrita por Zeca Camargo, ou A Estrela Solitária, de autoria de Ruy Castro – sobre Garincha, ex-marido da artista –, que o diga. Mas ela sempre soube dar a volta por cima, mesmo nos momentos mais complicados, como nos anos 80 e 90, décadas em que gravou pouquíssimo.

Soares também nunca se furtou a unir-se a novos nomes. Prova disso é esse trabalho de 2002 que a apresentou a uma nova geração e trouxe a cantora mostrando desenvoltura em ritmos mais modernos em faixas com influência do funk e do rap. Isso enquanto, ao mesmo tempo, emocionava em canções mais tradicionais como o lindo chorinho Bambino.

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A Mulher do Fim do Mundo – 2015

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Em uma guinada surpreendente, Elza Soares encerrou a carreira de uma maneira totalmente inesperada e radical. Trabalhando com nomes da nova música de vanguarda paulistana, como o guitarrista Kiko Dinucci, a cantora lançou um trio de discos que foram merecidamente elogiados e renderam shows emocionantes, em que ela, impossibilitada de ficar em pé, cantava sentada como uma rainha em seu trono.

Até porque era assim que era vista: como muito mais que uma cantora, e sim um verdadeiro ícone da nossa história moderna, uma fonte de inspiração e um símbolo de feminilidade, negritude e resistência.

A Mulher do Fim do Mundo (2015), Deus É Mulher (2018) e Planeta Fome (2019) formam uma trilogia única na nossa música e que ainda será bastante estudada, mesmo que os álbuns não tenham sido unânimes quando de seu lançamento – a atmosfera claustrofóbica, quase noisy, de fato, pode incomodar especialmente os fãs dos discos da cantora nos anos 60 e 70.

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Fonte: Vagalume

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