LONDRES (Reuters) - O príncipe britânico Harry falou com seu irmão mais velho William pela primeira vez desde a entrevista concedida à apresentadora Oprah Winfrey, junto de sua esposa Meghan, mas as conversas "não foram produtivas", disse uma amiga do casal na terça-feira.
Durante entrevista transmitida pela rede de televisão norte-americana CBS, em 7 de março, Meghan disse que um membro não identificado da família real questionou o quão escura seria a pele de seu filho Archie quando ele nascesse, enquanto Harry disse que seu pai, o herdeiro do trono príncipe Charles, o havia decepcionado e que se sentia encurralado.
Em visita a uma escola do leste de Londres na última quinta-feira, o príncipe William disse que ainda não havia falado com o irmão, mas pretendia fazê-lo, dizendo aos repórteres: "Não somos uma família nem um pouco racista".
Gayle King, co-apresentadora do programa CBS This Morning, comentou que falou com Harry e Meghan no fim de semana e que uma conversa entre os irmãos aconteceu.
"É verdade, Harry conversou com seu irmão e ele conversou com seu pai também, e a palavra que me deram foi que essas conversas não foram produtivas, mas eles estão felizes por pelo menos terem iniciado uma conversa", disse.
O gabinete de William no Palácio de Kensington não comentou a fala de King.
A entrevista de Harry e Meghan mergulhou a monarquia britânica em sua maior crise desde a morte da princesa Diana, mãe de William e Harry, em 1997.
A entrevista aconteceu após o Palácio de Buckingham dizer que estava investigando acusações de intimidação feitas contra Meghan por assessores, antes dela e Harry abrirem mão de seus papéis reais e se mudarem para a Califórnia, no ano passado.
A Rainha Elizabeth, 94, disse que a realeza ficou triste pelas experiências desafiadoras as quais passaram seu neto Harry e a esposa.
"As questões levantadas, particularmente as de raça, são preocupantes. Embora algumas lembranças possam variar, elas são levadas muito a sério e serão tratadas pela família privadamente", disse o Palácio de Buckingham em um comunicado de 9 de março.
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