(Reuters) - A empresa de voos fretados cujo helicóptero caiu e matou o astro do basquete Kobe Bryant, sua filha e outras sete pessoas no domingo não tinha certificação para voar em condições que exigem que os pilotos voem usando apenas instrumentos, segundo informações da mídia norte-americana.
A Island Express Helicopters, dona do Sikorsky S-76B que caiu, só foi certificada para operar sob regras visuais de voo, o que significa que os pilotos precisam ver claramente fora da aeronave durante o dia, disse Kurt Deetz, piloto e ex-gerente de segurança da empresa, ao New York Times.
No entanto, a aeronave é equipada para voar por instrumentos, segundo a reportagem.
O piloto do helicóptero, Ara Zobayan, tinha licença para voar por instrumentos, provavelmente tinha pouca experiência em fazê-lo, dadas as limitações operacionais da empresa, disse Deetz à Forbes separadamente.
O helicóptero bimotor bateu em uma encosta em Calabasas, na Califórnia, em meio a nuvens e neblina que limitavam a visibilidade.
Os controladores de tráfego aéreo deram a Zobayan "regras especiais de voo visual", ou autorização para voar no clima que não era o ideal em torno do aeroporto de Burbank.
O piloto informou que a visibilidade era suficiente para o voo visual, disse o Times, acrescentando que o tempo parece ter piorado durante o voo.
Em comunicado, a Island Express Helicopters informou que estava suspendendo todos os serviços.
"O choque do acidente afetou todos os funcionários, e a gerência decidiu que o serviço seria suspenso até o momento que fosse considerado adequado para funcionários e clientes", afirmou a empresa.
A morte de Kobe Bryant, de 41 anos, um dos atletas mais admirados do mundo, provocou comoção no mundo dos esportes e do entretenimento.
(Reportagem de Shubham Kalia, em Bengaluru)
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