PARIS (Reuters) - Modelos, designers e estrelas da cena "drag", o melhor do mundo da moda, se amontoaram nesta quarta-feira para assistir o último desfile de moda de Jean Paul Gaultier em Paris.
Conhecido por suas criações extravagantes e por um irreverente senso de humor que o torna único no normalmente esnobe mundo da moda, Gaultier celebra 50 anos de profissão, assim como sua despedida das passarelas.
"Há apenas um Jean Paul Gaultier, ou pessoas inspiradas por ele", disse a modelo Laetitia Casta antes da apresentação.
Casta, vestindo um visual Gaultier de blue jeans e malhas, foi descoberta aos 15 anos pelo designer francês, em um casting eclético onde ela diz ter se entrosado com punks após se sentir perdida.
"Ele foi um dos primeiros a sair às ruas e descobrir pessoas."
O uma vez mentor de Gaultier no design de moda, Pierre Cardin, 97, esteve entre os convidados no Teatro Châtelet em Paris, onde o palco foi transformado em uma passarela.
Gaultier, 67, anunciou na semana passada que o desfile seria seu último, e ainda não detalhou quais serão seus planos ou se indicaria um sucessor para levar a marca adiante.
Ele apenas disse que a marca, que é de propriedade do grupo espanhol Puig, continuaria.
O designer sempre desfrutou de sua reputação como "enfant terrible" ou "bad boy" da moda.
Ele emergiu como um dos mais brilhantes jovens talentos da moda francesa durante o início dos anos 1980, estremecendo o mundo da moda com designs selvagens inspirados na cultura das ruas, no punk e na cena de boates gays, assim como na iconografia religiosa.
Ele há muito abraçou o mundo do show business, e ficou marcado por vestir a cantora Madonna em um sutiã em forma de cone com bustiê em sua turnê "Blonde Ambition" de 1990.
(Reportagem de Sarah White)