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Internet e pirataria são apontadas como causas da venda da Som Livre 

Flavio Ricco|Do R7 e Flavio Ricco

Maiara e Maraisa em capa de CD da Som Livre, gravadora da Globo
Maiara e Maraisa em capa de CD da Som Livre, gravadora da Globo Maiara e Maraisa em capa de CD da Som Livre, gravadora da Globo

O mercado da música foi pego de surpresa, nesta última quarta-feira, com o anúncio do Grupo Globo sobre a venda da gravadora Som Livre. Em comunicado assinado por Jorge Nóbrega, o seu Presidente Executivo, foi informado que “em mais uma etapa do nosso processo de transformação, iniciamos estudos para a venda da Som Livre, maior gravadora e desenvolvedora brasileira de talentos musicais e rentável negócio da Globo”.

“Como vocês estão acompanhando, nossa empresa está mais orientada ao modelo D2C (direct to consumer), e por isso tem feito uma revisão detalhada do valor estratégico de seus ativos, com foco nos negócios que mais atendem à sua estratégia principal. Isso não quer dizer, no entanto, que a música deixa de ter relevância em nosso portfólio...”, destaca outro trecho do comunicado.

Nóbrega lembra também que a Som Livre está há mais de 50 anos no mercado e possui hoje um elenco ativo de cerca de 80 artistas.

O executivo garante que a empresa é um “negócio extremamente sólido e rentável”.

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Mas, então, por que a Globo vai se desfazer dela?!

Profissionais do mercado, ouvidos pela coluna, não duvidam que a Som Livre ainda dê lucro.

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Só que não mais como no passado, por uma série de fatores.

Para muitos deles, já há algum tempo, existe a máxima que o artista (cantores, duplas, bandas) não precisa mais de uma gravadora para “estourar”, para alavancar a carreira.

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Eles já conseguem se virar muito bem negociando diretamente com as plataformas de streamings de música e fazendo lançamentos na internet. Lives, também...

Na verdade, os artistas de ponta se tornaram um grande problema para as gravadoras, por causa dos altos valores pedidos no momento de fechar contrato.

E se antes havia também o status de ligar o nome ao de uma gravadora... Hoje, nem tanto.

Como se não bastasse, a Som Livre, que era parceira em trilhas, passou a ser concorrente das demais gravadoras, ao criar o seu próprio elenco de talentos. 

E, soma-se a tudo isso a questão da pirataria no País, que nunca sai de “moda”. Infelizmente. 

Importante colocar, ainda, que esse anúncio acontece em um momento de pandemia. 

Resta saber, por fim, qual o “melhor caminho” que a Globo diz que dará à Som Livre e aos diretamente envolvidos.

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