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Por que eu tenho tanto medo da nova versão de 'Dirty Dancing'?

Clássico romântico de 1987 ganhará nova versão, com a presença da mocinha original, Jennifer Grey e a aposta em um novo casal dançante

Keila Jimenez|Do R7 e Keila Jimenez

Salto lendário de "Dirty Dancing"
Salto lendário de "Dirty Dancing" Salto lendário de "Dirty Dancing"

Confirmado. 'Dirty Dancing' terá uma continuação. E eu tenho medo disso.

Clássico que marcou gerações, o romance dançante embalado pelo requebrado de Patrick Swaze e da 'feia' mais bonita do cinema, Jennifer Grey, vai ganhar uma sequência, 33 anos depois.

Antes que me julguem, quando digo 'feia', quero dizer que Jennifer não era na época (1987) o esterótipo de 'mocinha' de comédias românticas de Hollywood, apesar de eu achá-la extremamente bonita. Adorava aquele nariz. Adorava, no passado, pois tudo indica que Grey se rendeu ao bisturi implacável e padronizador.

A atriz já assinou contrato para fazer parte da sequência de "Dirty Dancing". Como fã da franquia posso dizer que a notícia não me empolga como a Lionsgate imagina.

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Sim, vi 'Dirty Dancing' mais de dez vezes, algumas delas enquanto trabalhava na redação de um famoso jornal (que meu antigo chefe não esteja lendo o meu texto). 

Eu e minha amiga sabíamos com antecedência quando o clássico seria exibido pela enésima vez na 'Sessão da Tarde' e deixávamos uma das TVs (a única não sintonizada em canais de notícias) da redação já preparada. Assistíamos sem som, é claro, para não chamar a atenção dos colegas. Mas isso não fazia diferença, pois já havíamos decorado os diálogos, as músicas. Estavam em nossa cabeça. Vez ou outra um olhar inquisidor passava por perto julgando aquele 'filmeco' água com açúcar. 

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E é claro que fingíamos a todo momento nem ligar para o que estava passando na TV, mas sabíamos que assim que o momento do 'salto' de Jennifer Grey em Patrick Swaze chegasse, nossa empolgação seria evidente. .

O salto de Grey sempre me tirou o ar. Era o salto do 'confiar' cegamente no amor, mesmo sabendo do risco da paixão levar você a se espatifar no chão. Ai que brega, Senhor!!! Mas o amor também é brega, é sofrência, é açucarado...

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Se "Jennifer" tinha um Patrick para "segurá-la" , nós mortais também poderíamos ter. Ela era a Molly Ringwald da vez (A Garota Rosa de Shocking) , referência para poucos... kkk

O salto de Baby virou cena lendária do cinema, foi referência em outros filmes como em "Amor a Toda Prova", com o sarado Ryan Gosling suspendendo Emma Stone.

Em geral, tenho medo de remakes e continuações de filmes queridinhos do público.

Nesse caso, uma nova versão, "Dirty Dancing 2: Noites de Havana", de 2004, endossou os meus temores. Fiasco retumbante.

Oro para que Spielberg nos proteja de uma "releitura" de "ET". Quer reler algo? Vai reler "O Capital, de Marx.(Sorry pelo meu lado sem paciência ) 

Não creio que a presença de Jennifer Grey seja suficiente para salvar uma nova versão. Não sem Patrick Swayze, que morreu de câncer em 2009, aos 57 anos.

Patrick era daquele time de atores raros : ator, cantor, atleta, um dançarino sexy como não se via desde o caminhar lendário de John Travolta em "Os Embalos de Sábado à Noite" (1977).

Alguém além de Travolta poderia andar com aquele gingado, de terno branco, no Brooklyn, ao som de Bee Gees? Não há outro Tony Manero! Não há uma trilha sonora como aquela. Assim como não há trilha como a do 'Dirty' original!

Por essas e outras creio que o novo 'Dirty Dancing' será novamente um salto arriscado de Baby (Jennifer Grey). Mas sem Johnny Castle (Patrick Swaze), o tombo pode ser grande!

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