Breno Caloi se autodefine como um funcionário "sincerão". Ele deixou claro, desde o dia que foi contratado, que só usaria bermuda e camiseta, jamais pentearia o cabelo e, no máximo, calçaria um tênis, mas que seu negócio era mesmo chinelão de dedo.
Além disso, colocou como condição inegociável prestar seus serviços de influenciador sob a influência de sua droguinha ilícita preferida, pois não há como desempenhar suas funções sem a aparência de desânimo que ela proporciona e sem comprometer a agilidade de suas habilidades motoras.
Sem pestanejar, a empresa concordou com todas as condições e sentiu-se feliz em ter uma pessoa como Caloi influenciando seu grande número de clientes. Tudo estava indo muito bem até que em uma de suas habituais performances, a medida de sinceridade foi longe demais. Milhares de clientes sentiram-se ofendidos e pediram que a cabeça despenteada fosse defenestrada.
Mas antes de deixar a corporação, Caloi fez questão de deixar uma mensagem sincerona: "Gente, eu tava muito bêbado e, cêis sabem... bêbado fala tudo que pensa, né?"
A diretoria da empresa discute se a confissão de beber em serviço prejudica ou não a imagem da corporação, afinal de contas, se ninguém jamais reclamou da apologia feita à droguinha ilícita por que se incomodariam com o uso de uma lícita?
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser...