Quem vai assistir à versão brasileira dos Caça-Fantasmas?
DivulgaçãoEm 1984, uma equipe de cientistas desempregados invadiu as telas dos cinemas ao redor do mundo para exterminar seres sobrenaturais que nos amedrontam há séculos: os fantasmas. Mas, cada vez que a humanidade se mete com coisas do além, tudo pode sair do controle e, sem saber com o que estavam lidando, os caça-fantasmas acabaram dando de cara com um portal maligno e a cidade de Nova York foi invadida por todo tipo de assombração.
“Ghostbusters: os Caça-Fantasmas”, foi um grande sucesso de bilheteria e deu origem a uma sequência de filmes, incluindo um lançamento ainda para este ano, “Ghostbusters: Mais Além”. O que os americanos não esperavam é que o Brasil não é para amadores e que nós é que podemos ir muito mais além. Isso porque um novo roteiro está sendo desenvolvido neste momento e promete abalar as estruturas, deixando a franquia estadunidense no chinelo.
A versão abrasileirada dos caçadores de fantasmas se chamará “O que um PC faria” e, desta vez, a protagonista será uma influenciadora digital mutante, ora apresentando-se como mulher, ora como animal, mais precisamente uma porquinha. Desde seu PC, a “influencer” mantém uma rede de notícias, também conhecida como gabinete do pódio, informando seus seguidores sobre tudo o que lhe interessa e apontando quem deve subir ao pódio e quem não.
A história se desenvolve durante a oitava onda da pandemia, na qual, com a chegada da variante Theta Ø, toda população está confinada em casa, usando máscaras, vendas nos olhos e tampões nos ouvidos. A nova variante pode contaminar através de olhos e ouvidos e causar hematomas, fraturas, perda de memória e, em casos mais graves, alucinações. A influenciadora – que se autointitulou paladina da verdade – passou a produzir conteúdo em seu PC, 24 horas por dia, para informar seu público sobre tudo o que acontece no país, incluindo os perigos e cuidados com respeito à nova variante. Por conta de sua obsessiva busca da verdade, ela ficou conhecida pelo codinome Theta, o qual imediatamente passou a fazer uso.
Enquanto trabalha incansavelmente em sua missão, um ser do mal a ataca violentamente. Por estar cumprindo os protocolos de uso de máscara, venda e tampão em ambos os ouvidos, Theta não vê, não ouve e nem mesmo fareja seus algozes. Mas, utilizando-se de suas qualidades mutantes e do talento de escolher qual imagem usar em cada momento, Theta vira o bicho e dá início a uma verdadeira caçada ao agressor. Seus desafetos passam a dizer que ela apenas contraiu a nova variante, devido aos sintomas, mas Theta afirma que é tudo mentira e que há provas em seu poderoso PC de que sofreu um atentado. O restante desse suspense você confere nas telonas de todo Brasil.
Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.