Mundo lamenta um ano da guerra na UcrâniaFlipar|Do R724/02/2023 - 21h28 (Atualizado em 03/04/2024 - 11h29)facebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-Nesta sexta-feira (24), o mundo lamenta o aniversário de um ano da guerra da Rússia com a Ucrânia. O FLIPAR! te apresenta um resumo do que aconteceu ao longo deste período. Um ano depois, o número de mortos e feridos é incerto, com contagens diferentes entre os envolvidos. De acordo com a ONU (Organizações das Nações Unidas), são 7 mil mortos. No entanto, autoridades militares de vários países falam em 100 mil, 200 mil e até 300 mil mortos. Uma coisa é certa: além de soldados, também morreram civis e jornalistas. A guerra, que é mais uma invasão na Ucrânia, também deixou milhares de feridos e/ou refugiados. De acordo com a ONU, cerca de 8 dos 43 milhões de ucranianos deixaram o país. O principal refúgio é a Polônia, país vizinho e rico. O local recebeu cerca de 1 milhão de ucranianos. Alguns milhares, curiosamente, foram morar na Rússia. Algumas também vieram para o Brasil, por conta de conhecidos aqui e/ou para ficarem bem longe da guerra. Um ano depois da guerra, também há quem esteja voltando ou já voltou para a Ucrânia, mas em locais bem longe dos conflitos. Dnipro, Donetsk, Mariupol, Kharkiv, ao leste do país, são os principais locais dos confrontos. Kiev, a capital, mas ao centro-norte, também tem bombardeio Quem ainda está no país, principalmente no leste, evita ao máximo sair de casa. Em Kiev, é muito comum as pessoas ficarem refugiadas por algumas horas nas estações de metrô. Os especialistas são praticamente unânimes em afirmar que este é o maior conflito europeu desde a Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940 (foto). Eles também não vêem previsão para o término do conflito. Entre setembro e outubro, a Rússia tomou e anexou quatro regiões ao leste da Ucrânia: Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson. A anexação, é claro, não é reconhecida pela Ucrânia nem pela União Europeia, ONU e o resto do mundo. Os quatro territórios ficam nas proximidades da Crimeia, que a Rússia Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, ela achou que dominaria o que quisesse em poucos dias. Ela também apostou em uma rápida rendição ucraniana. Isso, porém, nunca aconteceu. Fato é que o dia 24 de fevereiro de 2022 ficou marcado como um dos episódios mais tristes da história do planeta. As tropas russas invadem por terra, água e ar, mas vê a Ucrânia resistir bravamente e, para alguns, estar As consequências se alastram na economia mundial. Alguns países pararam de exportar para a Rússia, que respondeu elevando o preço do seu petróleo e gás ou barrando a exportação dos mesmos. Na soma de militares e arsenal, a Rússia é considerada o segundo país mais forte do mundo, só atrás dos Estados Unidos. Isso se dá muito pelo histórico de guerras, pelo tamanho do país e pelo seu poderio econômico. Agora, entenda um pouco do porquê da invasão. De forma bem resumida, pode-se dizer que a Rússia invadiu a Ucrânia como forma de resposta à intenção dos ucranianos de se aliarem à Otan, uma aliança militar ocidental com cerca de 30 países. Ela foi criada nos anos 40 como uma forma de combater o Socialismo, que tinha os russos como cabeças. A Ucrânia e a Rússia eram os principais territórios da extinta União Soviética, um enorme estado socialista que existiu entre 1922 e 1991, quando a Ucrânia e outras repúblicas se tornaram independentes. Portanto, a Rússia vê como A Rússia também quer ter a Ucrânia como aliada pois entende que esta é uma região estratégica para barrar os avanços da OTAN. Outro motivo de tensão entre as partes está na Crimeia, uma região que cada país entende ser de sua propriedade, como já destacado. De forma simplificada, o local foi incorporado à Rússia por volta de 1780. Depois, ele se tornou uma espécie de Distrito Federal Russo. Por volta de 1950, para reforçar os laços com a República Socialista Soviética da Ucrânia (desde 1991 é só Ucrânia), a Rússia cedeu a Crimeia (foto) para a Ucrânia, que seguiu como região independente, mas no território ucraniano. Em 2014, o povo russo se irritou com o então presidente Viktor Yanukovytch, que era alinhado ideologicamente com a Rússia. Ele foi destituído. Como forma de retaliação, o governo de Putin (foto), então e ainda presidente russo, invadiu a Crimeia. Praticamente todo o mundo condena os ataques de Putin, mas há alguns aliados: Armênia, Belarus, Cazaquistão (foto), Quirguistão e Tajiquistão, que formam, junto com a Rússia, o Tratado de Segurança Coletiva (OTSC). google-newsfacebookwhatsapplinkedinshare