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Met de Nova York homenageia mulheres que marcaram a moda

A exposição 'Mulheres que Vestem Mulheres' é uma tentativa de derrubar estereótipos e divulgar o trabalho de muitas estilistas que não conseguiram sair das sombras

Moda|Do R7


Exposição homenageia estilistas mulheres
Exposição homenageia estilistas mulheres

O Museu Metropolitano de Arte de Nova York (Met) inaugurou, nesta quinta-feira (7), uma exposição dedicada integralmente à moda feita por mulheres, em uma tentativa de derrubar estereótipos e divulgar o trabalho de muitas estilistas que não conseguiram sair das sombras. O símbolo da exposição Mulheres que Vestem Mulheres, aberta até 3 de março, é um vestido em musselina de algodão ornamentada com rosas de seda e tafetá criado por Ann Lowe (1898-1981), uma pioneira entre as designers afro-americanas, ignorada em seu tempo, apesar de ter desenhado o vestido de noiva de Jackie Kennedy (1953).

Três décadas antes, a casa francesa Premet, que fechou em 1931, lançou o vestido "La garçonne", feito por "Mme Charlotte", "cujo sucesso surgiu três anos antes do de Gabrielle Chanel", fundadora da marca de mesmo nome, afirma o museu.

Por meio de 80 peças, de 70 estilistas, o Costume Institute, divisão de moda do prestigioso museu nova-iorquino, revisita a arte do vestuário feminino desde o início do século 20 até os dias atuais, além das mensagens de designers como Gabriela Hearst e Hillary Taymour.

"O mais importante é mostrar a diversidade incrível das criadoras presentes ao longo da história e que fizeram essas grandes contribuições para a moda", explica Mellissa Huber, curadora associada do Costume Institute.


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"Nossa ambição é dissipar os estereótipos de que as mulheres são mais práticas do que homens, ou que todas elas criam pensando em si mesmas, em detrimento da criatividade", acrescenta.

Para as mulheres, a história começa no anonimato dos ateliês de costura aos quais muitas vezes foram relegadas. No entanto, várias designers francesas deixaram sua marca no início do século 20, como Madeleine Vionnet, Jeanne Lanvin e Gabrielle Chanel. No período entre as guerras, na França, o número de modistas chegou a superar o de homens, destaca a exposição.

Para apresentar as roupas desenhadas por Elsa Schiaparelli, Nina Ricci ou Vivianne Westwood, o Costume Institute vasculhou sua coleção de mais de 33 mil peças, que representam sete séculos de roupas.

Inicialmente planejada para 2020, a fim de celebrar os cem anos do sufrágio feminino nos Estados Unidos, mas que precisou ser adiada devido à pandemia, a exposição conclui com uma nota política, mencionando as "ausências" e as "omissões" nas "coleções dos museus e dos cânones da moda". Um exemplo disso é o vestido que celebra tamanhos grandes, criado pela francesa Ester Manas.

A coleção impressionante do Costume Institute também será destaque na próxima grande exposição de moda do museu, na primavera (outono no Brasil) de 2024, quando pretende despertar suas "belezas adormecidas", ou seja, as peças mais raras e frágeis do seu acervo. O evento é aguardado com grande expectativa e coincide com o próximo Met Gala, famosa festa filantrópica anual frequentada por celebridades com trajes extravagantes.

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