Conhecida como Boiadeira, Ana Castela, de 18 anos, começou a cantar profissionalmente há um ano meio. Apesar do pouco tempo de carreira, a cantora alcançou a posição de música mais ouvida no Brasil na última semana com Pipoco, parceria com Melody e DJ Chris No Beat. A conquista veio simultaneamente com uma polêmica envolvendo uma das artistas.
Enquanto o hit subia posições no ranking de músicas mais tocadas no Brasil, Melody se envolvia em uma nova briga com Anitta. Com trocas de farpas e acusações de plágio, a treta entre a funkeira e a adolescente movimentou as redes sociais, mas para Ana Castela a polêmica não influenciou o sucesso de Pipoco.
"Não olho por esse lado. Penso que a música fez sucesso pelo trabalho das duas, não por polêmica. Não presto muita atenção nessas coisas", diz a cantora.
Atualmente, a jovem está entre os artistas mais ouvidos do país, porém nunca pensou que seria cantora. "Nunca foi um sonho meu ser cantora. Aliás, fugia de cantar. Tinha muita vergonha. Lembro que chorava para não cantar sempre que tinha apresentação de escola", conta.
O convite para cantar pessoalmente veio do empresário dela, Rodolfo Alessi. Ana lembra que estava com amigos na fazenda do pai, no Paraguai, quando gravou um vídeo cantando, que viralizou nas redes sociais. A publicação chegou até Rodolfo, um amigo de infância da mãe dela, que a convidou para ir até Londrina gravar Boiadeira, a primeira música da carreira da artista e que lhe rendeu o apelido pelo qual é conhecida.
Desde então, ela tem se dedicado à carreira musical. Antes, Ana morava na cidade de Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul, com pouco mais de 10 mil habitantes. Ela diz ter crescido no universo que chama de "agro", andando a cavalo, visitando fazendas e com parentes que trabalham com agricultura e pecuária.
Por conta desse histórico, o empresário e a equipe consideraram que seria um bom caminho para a cantora começar na carreira artística com o sertanejo. Porém, antes da fama, Ana conta que costumava escutar artistas como Anavitória e UM44K. Por isso, ela decidiu misturar outros estilos musicais com o sertanejo, como fez com o funk em Pipoco, e adianta que tem lançamentos planejados em outros ritmos musicais também.
Mesmo com planos de não cantar somente sertanejo, Ana pretende continuar a exaltar as origens dela. "Quero sempre enaltecer o agro, por mais que não seja na música, mas na bota, no chapéu e na camisa que estiver usando. Também quero lançar músicas que não falem do agro, mas quando tiver uma brecha quero falar disso porque está no sangue da minha família."
Com o sucesso, Ana Castela fala que a vida dela "virou de cabeça para baixo". "Minha mãe não deixava eu sair muito de casa, quando eu saia tinha que voltar cedo. Hoje em dia peço para minha mãe me deixar ficar em casa. Minha vida virou de cabeça para baixo. Nunca fui de viajar e hoje minha vida é na estrada", afirma.
A artista celebra a chance de poder conhecer novas cidades pelo Brasil. Ela conta que em breve vai realizar o sonho de ir ao rodeio de Barretos, no interior de São Paulo, e ainda foi contratada para se apresentar no evento. "Queria muito ir para conhecer, vou conhecer e vou cantar. Quando descobri que iria cantar, pulei de felicidade", comemora.
Rodando diferentes cidades do Brasil e fazendo em média 29 shows por mês, a jovem aproveita as conquistas da carreira. Entretanto, também já se prepara para o lado ruim da fama, como as ondas de críticas e ataques do público, conhecidos como hate. "Não tenho medo da fama, tenho medo das pessoas. Se receber hate, não vou saber lidar. Adoro receber o carinho dos fãs, mas não sei lidar com as pessoas maldosas. É isso que eu preciso aprender", avalia.
Para o futuro, Ana Castela já sabe quais objetivos deseja conquistar com a música. A cantora quer gravar um DVD "bem lindo e usando uma roupa brilhante" e também tem uma parceira dos sonhos. "Quero muito gravar com o Luan Santana. Gosto dele desde pequeninha. Tenho uma foto com ele, do primeiro show dele que eu fui, estava com uma faixa escrita '100% luanzete'. É um sonho que se Deus quiser vou realizar", conclui.
Ouça Pipoco