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Adalberto vira Gisele, mas quer conquistar Ana Júlia

Por identificar-se como mulher, Adalberto submeteu-se a cirurgia de redesignação de gênero, mas apaixonou-se por colega de trabalho

Melhor Não Ler|Do R7

Desde criança, Adalberto não se via como menino. Sempre acompanhado pelas primas e irmãs, suas brincadeiras preferidas já davam indícios de suas preferências femininas. Sempre que ficava sozinho em casa, aproveitava para usar as maquiagens da mãe e experimentar os vestidos da irmã mais velha.

Ele nunca havia sentido qualquer atração por mulheres, embora tivesse tentado envolver-se com algumas garotas da faculdade. Sem poder mais ignorar seus sentimentos, Adalberto assumiu sua homossexualidade. Porém, ele desejava uma mudança radical e passou a vestir-se como mulher, a fazer tratamento hormonal e adotou um nome social: Gisele.

Aos 28 anos, decidiu que usaria todas as suas economias para ir ao Marrocos e fazer uma cirurgia de redesignação de gênero. De volta ao Brasil, depois de um longo processo, conseguiu formalizar sua documentação e se tornar oficialmente Gisele.

Com o passar do tempo, Gisele percebeu que ainda sentia dificuldades em se relacionar, mas desta vez, com homens. Ela havia tentado diversas vezes, mas não se sentia à vontade. Talvez porque seu cérebro ainda não tivesse compreendido que agora ela era uma mulher, ou talvez pela pressão de ter de explicar sua história para todo possível pretendente e ser rejeitada.

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Aos 33 anos, quando Gisele ainda tentava se encontrar sentimentalmente, Ana Júlia apareceu em sua vida. Contratada como a nova chefe do setor, desde a reunião de apresentação, Gisele não teve dúvidas: ali estava o seu grande amor.

Ana Júlia era a pessoa com a qual Gisele sempre havia sonhado: bonita, alta, bem-sucedida e inteligente. Agora, o dilema de Gisele é saber se Ana Júlia tem uma cabeça aberta e está pronta a relacionar-se com alguém como ela. Havia uma esperança, afinal, Gisele era a pessoa que, depois de tantas idas e vindas e de atravessar o mundo, finalmente a havia encontrado. Quem teria coragem de fazer tantos sacrifícios?

Esta crônica é uma ficção, mas poderia não ser.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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