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Guitarrista Tom Morello diz que show em SP terá 'solos pesados', Rage Against e Bruce Springsteen

Músico, que tocará no festival Best of Blues and Rock em junho, também comentou sobre sua paixão por 'Dungeons & Dragons'

Odair Braz Jr|Do R7

Tom Morello dá detalhes ao R7 sobre como será seu show em São Paulo, em junho
Tom Morello dá detalhes ao R7 sobre como será seu show em São Paulo, em junho Tom Morello dá detalhes ao R7 sobre como será seu show em São Paulo, em junho

"Eu tive experiências emocionantes quando toquei no seu país e quero compensar os fãs por isso" foi o que disse, em entrevista, Tom Morello, o icônico guitarrista do Rage Against the Machine que vem a São Paulo agora no início de junho para tocar no Best of Blues and Rock. O evento reúne grandes artistas como o blueseiro Buddy Guy, Steve Vai, Ira!, Extreme e Morello é, sem dúvida, um dos mais aguardados pelos fãs.

Na conversa, Morello, que é facilmente um dos melhores guitarristas de sua geração, contou um pouco como será o show e confirmou que vai tocar sim músicas do Rage Against, sua banda que voltou à ativa em 2022 — depois de onze anos parada — mas que teve de interromper a turnê porque o vocalista Zack de la Rocha machucou a perna durante uma apresentação. Além disso, o músico também mostrará material de sua carreira solo, canções que gravou com Bruce Springsteen, do Audioslave [sua outra banda nos anos 2000] e afirmou também que fará solos de guitarra cabulosos. "Serão os riffs mais pesados que esta cidade já viu", promete. Tomara.

Ele também falou de sua paixão por Dungeons & Dragons e que não é muito fã de Caverna do Dragão. Acompanhe a entrevista:

Como vai ser o show aqui em São Paulo? Você vai tocar músicas de seus álbuns solos e coisas do Rage Against? Dá uma ideia pra gente, por favor.

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Recentemente eu fui ver um show do Jack White, em Los Angeles, e eu e ele temos muitas coisas em comum. Uma delas é que fizemos parte de várias bandas. E ele mostrou para o público um grande painel do que já fez e isso me inspirou bastante. Nas minhas turnês solo anteriores, geralmente eu fazia shows mais acústicos, ou então eram os shows com as músicas do Rage Against the Machine. Ou ainda fazia shows que focavam nos meus discos solo da série Atlas Underground. Mas para este show — bom, eu gravei 22 discos ao longo da minha carreira, se você incluir aí os álbuns do Bruce Springsteen de que participo — eu vou tocar um pouco de tudo isso. Então, vai ter Rage Against the Machine, vai ter Audioslave, músicas acústicas... vão ter muitos solos de guitarra, mais do que você pode aguentar. E um dos meus objetivos é que este show tenha os riffs [de guitarra] mais pesados que esta cidade já viu.

Então, você vai tocar aqui com uma banda completa?

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Sim, banda completa. Vou tocar com a Freedom Fighter Orchestra, que é o nome do grupo que me acompanha já pelos últimos 12 ou 13 anos. São grandes músicos capazes de dar conta de tudo isso [que vou fazer em São Paulo].

Vamos ter material também do Nightwatchman [alterego que Morello usa para expressar sua visão política]?

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Certamente. Foi ótimo montar o setlist para este show. Eu estou pensando em talvez soltar nas redes sociais uns teasers do que vou tocar para que as pessoas possam ter uma ideia do que farei. Sabe, eu tive experiências emocionantes quando toquei no seu país e quero compensar os fãs por isso, não importa se são fãs do Audioslave, do Street Sweeper Social Club [outra banda de que fez parte] ou se gostam de Ghost of Tom Joad [música de Bruce Springsteen que Morello regravou com o Rage Against]... Então, o show vai ser mesmo um painel da minha carreira e foi muito divertido juntar tudo isso. O material que eu gravei nos últimos cinco anos também estará na apresentação.

Morello e sua guitarra em ação no Sonic Temple Festival, em 2019, em Ohio
Morello e sua guitarra em ação no Sonic Temple Festival, em 2019, em Ohio Morello e sua guitarra em ação no Sonic Temple Festival, em 2019, em Ohio

E vai ter também alguma música nova?

Não vai ter música nova... eu até tenho trabalhado em novas canções, algumas bem pesadas, mas não estarão neste show.

Você tem respondido a esta pergunta algumas vezes já, mas tenho de fazê-la: alguma notícia sobre o Rage Against the Machine? Haverá shows em breve?

Infelizmente não tenho novidades sobre isso. Não tenho como dizer se haverá ou mesmo se não haverá shows. No momento não há nada marcado. E eu tenho usado a energia do Rage para gravar novas músicas, fazer shows em apoio a sindicatos e a organizações sociais nos Estados Unidos. Também estou muito empolgado com as apresentações solo na América do Sul.

E os outros guitarristas que estarão em São Paulo no festival com você... você é fã deles?

Sim, sou um grande fã deles. Buddy Guy é da minha cidade, Chicago. Não tenho nada além de respeito por seu trabalho e legado. Steve Vai é uma das minhas principais influências na época em que eu treinava [guitarra] oito horas por dia. Seu disco, Passion & Warfare é indispensável. E do Nuno Bettencourt eu sou fã há uns 40 anos. Eu ia ver o Extreme tocar num bar em Boston, quando estudava em Harvard, muito tempo antes de eles estarem numa gravadora. E aquele garoto explodiu minha cabeça e eu tinha vontade de tocar com ele. E, talvez, a gente possa até tocar junto [em SP], fazer uma colaboração com outros músicos, dependendo do dia, em que cada um vai tocar. Fazer algo juntos seria muito especial.

E como foi gravar com Bruce Springsteen?

Ele abriu muitas avenidas para mim. E, claro, eu toquei muitos longos solos de guitarra no Rage e no Audioslave, mas com Bruce eu tinha de ser criativo para fazer algo interessante num espaço de tempo menor. Eu adorei esta experiência e ele me ajudou a chegar a diferentes solos. Quando toquei Ghost of Tom Joad com Bruce ele ficava falando “continua, continua” e quando isso acontece você usa todas as ideias que havia preparado. E aí, você tem que se debruçar sobre o improviso e ver aonde a canção vai te levar. E isso tudo vai estar no show.

E agora, para terminar, quero que explique como é que você foi parar no filme Dungeons & Dragons?[Tom faz uma aparição no filme lançado este ano, mas com um visual completamente diferente]

[risos] Eu jogava Dungeons & Dragons lá nos anos 70, acredite ou não. Parei de jogar por uns trinta anos e, recentemente, já adulto, voltei a jogar com alguns amigos, que incluía gente como o ator Joe Manganiello, o lutador Big Show, também os caras que criaram Game of Thrones, Vince Vaughn... nós todos jogamos muito D&D quando éramos garotos e adoramos voltar a jogá-lo. E os produtores do filme sabiam do meu interesse pelo game e me perguntaram se eu gostaria de participar. Fiquei mais do que feliz em aceitar.

E você assistiu a Caverna do Dragão?

Ah... não era um dos meus favoritos. Eu sempre adorei criar aventuras. Eu adoro O Senhor dos Anéis e gostava de fazer continuações das aventuras do livro. Isso sempre foi o mais empolgante para mim.

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