São Clemente desvenda todas as qualidades das favelas na Sapucaí
Terceira escola a desfilar, agremiação mostrou irreverência e descontração
São Clemente|Thiago Calil, do R7
Desde quando voltou ao Grupo Especial, em 2011, a São Clemente se destaca pela irreverência. Os sambas para cima, os desfiles leves e com toques de humor foram as marcas dos carnavais da escola. Em 2014, a agremiação voltou a imprimir sua identidade na Sapucaí.
A São Clemente optou por falar apenas das coisas boas das favelas, enredo da escola. Da origem das comunidades, na Guerra de Canudos (1896/1897), ao cotidiano atual nos morros cariocas, a agremiação mostrou as belezas escondidas no alto dos morros.
Um dos destaques ficou por conta da Ala das Baianas. As fantasias traziam capim seco no barrado da saia e nos costeiros, representando a planta favela, natural da caatinga.
Algumas das comunidades cariocas mais famosas foram homenageadas durante os desfiles. Entraram na avenida Favela da Babilônia, Rocinha, Complexo do Alemão, Santa Marta, Mangueira e Salgueiro.
As figuras tradicionais dos morros também não ficaram de fora, como os malandros, os funkeiros e as tias quituteiras. No último setor, as favelas pelo mundo. Para finalizar, uma homenagem aos funcionários do barracão, que desfilaram no carro que encerrou o desfile.
O samba fácil e a boa interpretação de Igor Sorriso garantiram a animação da escola, que cantou de ponta a ponta.