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Mancha Verde: 23 anos de polêmicas e altos e baixos no Carnaval

Escola fundada em 1995 já foi impedida de desfilar por ser ligada à uma torcida organizada e precisou superar quedas para o grupo de acesso

São Paulo|Helder Maldonado, do R7

Mancha Verde se torna campeã 23 anos após criação
Mancha Verde se torna campeã 23 anos após criação Mancha Verde se torna campeã 23 anos após criação

Ao vencer o Carnaval de 2019, a Mancha Verde finalmente se consagrou. Foram 23 anos atrás do tão sonhado título do Grupo Especial de São Paulo, algo que só não veio antes por pequenos detalhes e infelicidades que atrapalharam a Mancha nas vezes que ela chegou perto dessa conquista.

A escola, fundada em 1995, sempre foi apontada como bastante promissora entre os especialistas em Carnaval. Isso porque o início vitorioso nas ligas de blocos e no grupo de acesso mostrava que tratava-se de uma escola organizada e com o intuito de chegar à elite em condições de igualdade para competir com gigantes como Vai-Vai, Rosas de Ouro, Mocidade Alegre e Gaviões da Fiel.

No entanto, a ascensão da Mancha foi interrompida por uma série de problemas e mudanças no estatuto dos desfiles aplicadas às agremiações filiadas a torcidas organizadas de futebol.

Logo no ano de fundação, a Mancha foi extinta por conta de uma briga da torcida contra a Independente, do São Paulo Futebol Clube. Em outubro do mesmo ano, ela seria refundada com novo CNPJ e razão social: Grêmio Recreativo Cultural Bloco Carnavalesco Mancha Verde. Nessa primeira fase, foram cinco anos de atuação como bloco, se consagrando duas vezes campeã.Em 2000, estreia como escola de samba garante o vice-campeonato do Grupo 3 Oeste.

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Com os campeonatos da Liga 2 e Liga 1 Uesp em em 2001 e 2002, a Mancha finalmente atinge o grupo de Acesso, onde ficaria apenas dois anos: em 2004, ela já se torna campeã e garante presença na elite do Carnaval de São Paulo.

Desfile da escola garantiu nota máxima
Desfile da escola garantiu nota máxima Desfile da escola garantiu nota máxima

O sonhado Grupo Especial

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Depois dessa sequência quase contínua de evolução na primeira década de existência, a Mancha não encontrou vida fácil no tão almejado Grupo Especial. O primeiro desfile, com enredo sobre o estado de Mato Grosso, garantiu apenas a 12ª colocação.

Já em 2006, a escola foi obrigada a desfilar no recém-criado grupo de agremiações desportivas, que só teria escolas de samba ligadas a torcidas de futebol.

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A Gaviões, também presente na mesma divisão, contestou a decisão da LIESP. Presente no Carnaval paulistano desde o fim dos anos 80, conseguiu uma liminar que garantia o direito de disputar o Grupo Especial, porém tal direito foi negado à Mancha Verde. Assim, a escola foi impedida de disputar com as demais naquele ano, decisão que se repetiu também em 2007.

Em 2008, a regra deixa de valer e a escola pôde finalmente competir com as demais agremiações de São Paulo no Grupo Especial, onde termina a apuração em 7ª. 2009 reservou apenas a 10ª posição, porém entre 2010 e 2012 a escola emplacou a quarta colocação por três vezes seguidas.

Queda e ascensão 

Primeiros anos da escola ligada ao Palmeiras
Primeiros anos da escola ligada ao Palmeiras Primeiros anos da escola ligada ao Palmeiras

O tão sonhado título parecia estar próximo, mas 2013 acabou com as expectativas positivas da Mancha, que homenageou Mario Lago e voltou pro Grupo de Acesso dez anos após chegar à primeira divisão.

Apesar de ter voltado a subir logo em 2014, a Mancha precisou lidar com rebaixamento novamente já em 2015, quando homenageou o centenário do Palmeiras.

Com reedição do samba de 2005, que marcou a estreia dela no Grupo Especial, a Mancha venceu o grupo de acesso de novo em 2016, para onde não mais voltou. 2017 concedeu um resultado tímido para a escola, que foi apenas a 10ª colocada.

Já 2018 reacendeu o sonho de ser campeã: o enredo que celebrava a criação do Fundo de Quintal garantiu que Mancha fosse a 3ª mais bem sucedida de São Paulo, com a mesma nota das duas primeiras (que levaram a melhor no critério de desempate).

O resultado empolgou a agremiação, que em 2019 entrou no Anhembi para finalmente colocar fim a tantos anos de espera. Com o enredo Oxalá, Salve a Princesa! A Saga de Uma Guerreira Negra, a Mancha finalmente conquistou o primeiro título do Grupo Especial, 23 anos após a fundação. E não poderia ser de forma menos questionável: A escola foi campeã com 270 pontos, que é o máximo que poderia atingir.

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