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Filme com Mina Nercessian e Leticia Birkheuer aborda solteirice aos 35

Comédia 'Solteira Quase Surtando' mostra o que acontece quando a vida de uma mulher sozinha por convicção vira de cabeça para baixo

Cinema|Helder Maldonado, do R7

'Solteira Quase Surtando' aborda dilemas femininos
'Solteira Quase Surtando' aborda dilemas femininos 'Solteira Quase Surtando' aborda dilemas femininos

Com estreia marcada para 12 de março nos cinemas, a comédia Solteira Quase Surtando aborda de forma bem-humorada temas espinhosos para as mulheres: a chegada da menopausa precoce, a diminuição da fertilidade, a pressão para ter filhos e casar e como conciliar isso com a carreira.

O roteiro de Mina Nercessian, que também protagoniza o longa no papel de Bia, mostra como os dilemas dessa fase da vida feminina podem afetar a vida. "Essa pressão sobre a mulher para casar e ter filhos começa na infância. Desde que eu me entendo por gente, sempre escutei isso. Até nos filmes da Disney a mocinha casa, então você tem que achar alguém e ter filhos. É uma pressão que devia ser mudada na nossa cultura. Ter filhos pode ser uma opção para algumas mulheres e para outras não", reflete.

Na comédia, Bia passa exatamente por isso. Disposta a encontrar um pai para o seu filho a qualquer custo, ela se aventura em baladas como a “festa do desencalhe” e em encontros românticos “inesperados” no supermercado. Com dicas do amigo Ravi (Leandro Lima) e com o colo da irmã Gabi (Letícia Birkheuer), ela tenta não fracassar no objetivo de encontrar a alma gêmea, principalmente por já se sentir um pouco velha para novo amor. "Acredito que cada vez mais nós mulheres estamos sendo ouvidas e apoiadas em diferentes questões cotidianas, colocando em pauta nossas opiniões e discordando do que sempre foi tido como verdade absoluta ou opinião absoluta", comenta Birkheuer.

Filme mostra pressão para se relacionar
Filme mostra pressão para se relacionar Filme mostra pressão para se relacionar

Mina complementa a colega de elenco sobre o tema e ressalta que é preciso ter maturidade para não cair em relacionamentos furados por pura cobrança da família e amigos. "Pode ser que um relacionamento mais maduro tenha mais chances de dar certo porque você já se conhece mais, o que eu acho muito importante. Mas é importante não depositar sua felicidade no outro e não deixar que a pessoa tire nada de você, seja lá o que for. Pode ser carreira, fazer aula de dança ou ter um tempo sozinha. Que você saiba o que te faz feliz e não abrir mão disso. Tem gente que com 20 anos teve uma experiência incrível e gente de 40 que não teve nenhuma", garante Mina, que é casada e mãe de quatro filhos.

Com direção de Caco Souza, Solteira Quase Surtando também marca a estreia de Mina como roteirista em um filme nos cinemas nacionais. Para ela, que mora em Los Angeles e tem várias contribuições em Hollywood no currículo, é um feito emplacar um filme com viés feminino nas telonas brasileiras. "A mulher tem que ter mais representação atrás das câmeras como diretoras, roteiristas ou produtoras porque assim conseguimos controlar mais a narrativa. Se você fizer um filme com o papel principal feminino, mas com diretor, roteirista e produtores homens, a visão não vai ser completamente autêntica e não vai ter a sensibilidade da mulher. Eu percebi muito isso com esse filme. Então a gente tem que continuar tentando ter mais espaço atrás da câmera para que os personagens em frente à câmera tenham uma perspectiva feminina", acredita.

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